segunda-feira, 12 de abril de 2010

Amor com um anzol


_ Este é o amor com um anzol. “Se você fizer o que nós queremos, nós o recompensaremos. Caso contrário, o castigaremos.” Isso acaba não tendo absolutamente nada a ver com amor. Damos nosso carinho apenas a quem atende aos nossos interesses e o negamos aos que não o fazem.
_ Que confusão!
_ Está vendo como é penoso? É por isso que as instituições só tem condições de refletir o amor de Deus enquanto seus membros concordam em tudo. Qualquer diferença de opinião se transforma em competição pelo poder. (do livro Por que você não quer mais ir a igreja? Pg 72)
O pastor quer que eu minta, que sustente a história dele. Disse que, depois de tudo o que já fez por mim, eu lhe devo essa.
_ Tenho a impressão de que, se você lhe deve alguma coisa, é porque ele nunca fez nada de fato por você.
As palavras de João ficaram suspensas no ar enquanto eu tentava entender o que ele queria dizer com elas.
_ Você está afirmando que ele não fez aquelas coisas todas por mim? Por quem, então? Por ele mesmo?
_ Por quem mais? Está vendo como nossas definições de amor acabam distorcidas quando os interesses da instituição se tornam prioritários? ...
O problema da igreja, como você sabe Jake, é que ela se transformou numa mútua acomodação de necessidades individuais. Todo mundo precisa de alguma coisa dela. Alguns precisam liderar. Outros precisam ser liderados. Há quem deseje ensinar, outros se contentam em ser platéia. Em vez de se tornar uma manifestação autentica da vida e do amor de Deus no mundo, a igreja acaba sendo um grupo de pessoas que precisam proteger o próprio território. O que você está vendo é a insegurança das pessoas que tratam de se agarrar às coisas que acham que servirão melhor às suas necessidades. Não é a vida de Deus.
_ Então é por isso que as pessoas de repente podem ficar tão agressivas quando se sentem ameaçadas? Agem como cães raivosos quando alguém tenta lhes tirar o osso.
_ Exatamente! E fazem isso achando que Deus está do seu lado. Nessas horas, o grupo costuma rachar... (pg 73,74).

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