Quanto mais se fecham nos seus, mais longe estão de Deus. Quanto mais trabalham nos sãos, menos galardões recebem pelos doentes. Quanto mais escolhem seguir uma idéia doutrinaria, menos ouvem a voz criativa do Espírito Santo. Não importa como você se apresenta, igreja, grupo, segmento..., não pertence a universal expressão de amor divina, não passando de uma bolha de ego. “Falou João e disse: Mestre, vimos certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lhe proibimos, porque não segue conosco. Mas Jesus lhe disse: Não proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós.” (Lc 9:49-50). Lição que os discípulos aprenderam a muito tempo, mas que os muitos religiosos ainda não sabem; a Bíblia não é a bússola deles, e sim o fundador (o homem) das suas bases religiosas. Do versículo 37 ao 62 de Lucas 9 vemos a demonstração da futilidade de querer salvar-se; os discípulos egocêntricos e impotentes são contrastados com o Cristo poderoso e desprendido, que novamente anuncia sua morte. A conseqüência do egoísmo dos discípulos foi o conflito entre crentes, entre grupos e entre raças. A única solução é abandonar o ego, abandono que se manifesta na dedicação sincera ao reino de Deus.
Há tanta certeza que cheira a ignorância. Mistérios fazem parte de tudo que nos cerca, como podemos afirmar segundo uma suposta revelação. Tantas revelações individuais e desconexas não podem produzir um segmento representativo para caminharmos aqui na terra. O evangelho puro e emanado de Cristo não é o que a grande nação evangélica decide seguir, mas um evangelho apócrifo que se reinventa a cada século, ou que se cria em lugares distantes, oriundos de um pensador que tira da sua extrema reflexão a respeito dos ensinos bíblicos, teorias cheias de sentimentos intrínsecos a sua criação, influenciados por seu histórico e recheados pela criatividade de uma mente trabalhada e flexível; flexível o suficiente para dominar os que carecem dessa capacidade intelectual de que suporta o referido “mestre”.
O povo “evangélico” conhece todas diretrizes e mensagens bíblicas décor, mas pouquíssimos as tem fundido com seu ser, a ponto de viver aquilo que é expresso por palavras, que se tornam vãs apenas. Que cada leitura seja uma experiência genética, uma metanóia a cada linha, só o que se transforma constantemente é digno de ser chamado cristão; buscar a face de Deus, conhecer o caráter Divino, conhecer a fundo como era o Cristo aqui na terra entre os homens, e não só mais um retrato midiático ou opinativo, uma visão particular, unilateral e limitada que se expande e depois se enclausura em segmentos religiosos inquisitores de uma idéia adquirida por homens pouco sensíveis ao Espírito Santo, que necessitam de revelações alheias para “seguir” a Deus.
Enquanto uns vivem a teologia da prosperidade e outros fazem voto de pobreza; enquanto uns usam um pouco das escrituras e outros usam o outro pouco que aqueles deixaram, eu prefiro usar tudo, pois há tempo para tudo, momentos, lugares e épocas em nossas vidas para extrairmos coisas específicas das escrituras, ou recebermos do Senhor a palavra certa, independente da vontade ou ensinamento de qualquer líder religioso. Buscar a vontade verdadeira de Deus sem influência humana estando arraigado a algum líder é praticamente impossível, a não ser que Deus te tire e te revele algo que possa até ir contra algum principio doutrinário que você segue. Do contrario, você deve ter por cabeça e mestre apenas o Senhor Jesus Cristo e sua pura, porém profunda mensagem Mt 23:8-10.
diego marcell - razões para a nova reforma
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