sexta-feira, 30 de julho de 2010

UMA VELHA LIÇÃO AINDA NÃO APRENDIDA



Quanto mais se fecham nos seus, mais longe estão de Deus. Quanto mais trabalham nos sãos, menos galardões recebem pelos doentes. Quanto mais escolhem seguir uma idéia doutrinaria, menos ouvem a voz criativa do Espírito Santo. Não importa como você se apresenta, igreja, grupo, segmento..., não pertence a universal expressão de amor divina, não passando de uma bolha de ego. “Falou João e disse: Mestre, vimos certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lhe proibimos, porque não segue conosco. Mas Jesus lhe disse: Não proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós.” (Lc 9:49-50). Lição que os discípulos aprenderam a muito tempo, mas que os muitos religiosos ainda não sabem; a Bíblia não é a bússola deles, e sim o fundador (o homem) das suas bases religiosas. Do versículo 37 ao 62 de Lucas 9 vemos a demonstração da futilidade de querer salvar-se; os discípulos egocêntricos e impotentes são contrastados com o Cristo poderoso e desprendido, que novamente anuncia sua morte. A conseqüência do egoísmo dos discípulos foi o conflito entre crentes, entre grupos e entre raças. A única solução é abandonar o ego, abandono que se manifesta na dedicação sincera ao reino de Deus.

Há tanta certeza que cheira a ignorância. Mistérios fazem parte de tudo que nos cerca, como podemos afirmar segundo uma suposta revelação. Tantas revelações individuais e desconexas não podem produzir um segmento representativo para caminharmos aqui na terra. O evangelho puro e emanado de Cristo não é o que a grande nação evangélica decide seguir, mas um evangelho apócrifo que se reinventa a cada século, ou que se cria em lugares distantes, oriundos de um pensador que tira da sua extrema reflexão a respeito dos ensinos bíblicos, teorias cheias de sentimentos intrínsecos a sua criação, influenciados por seu histórico e recheados pela criatividade de uma mente trabalhada e flexível; flexível o suficiente para dominar os que carecem dessa capacidade intelectual de que suporta o referido “mestre”.

O povo “evangélico” conhece todas diretrizes e mensagens bíblicas décor, mas pouquíssimos as tem fundido com seu ser, a ponto de viver aquilo que é expresso por palavras, que se tornam vãs apenas. Que cada leitura seja uma experiência genética, uma metanóia a cada linha, só o que se transforma constantemente é digno de ser chamado cristão; buscar a face de Deus, conhecer o caráter Divino, conhecer a fundo como era o Cristo aqui na terra entre os homens, e não só mais um retrato midiático ou opinativo, uma visão particular, unilateral e limitada que se expande e depois se enclausura em segmentos religiosos inquisitores de uma idéia adquirida por homens pouco sensíveis ao Espírito Santo, que necessitam de revelações alheias para “seguir” a Deus.

Enquanto uns vivem a teologia da prosperidade e outros fazem voto de pobreza; enquanto uns usam um pouco das escrituras e outros usam o outro pouco que aqueles deixaram, eu prefiro usar tudo, pois há tempo para tudo, momentos, lugares e épocas em nossas vidas para extrairmos coisas específicas das escrituras, ou recebermos do Senhor a palavra certa, independente da vontade ou ensinamento de qualquer líder religioso. Buscar a vontade verdadeira de Deus sem influência humana estando arraigado a algum líder é praticamente impossível, a não ser que Deus te tire e te revele algo que possa até ir contra algum principio doutrinário que você segue. Do contrario, você deve ter por cabeça e mestre apenas o Senhor Jesus Cristo e sua pura, porém profunda mensagem Mt 23:8-10.


diego marcell - razões para a nova reforma

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