terça-feira, 6 de julho de 2010

A religião do momento



Estão difamando seu nome
Por causa daqueles que se chamam de seus
Por aqueles que andam com o livro preto na mão
Acusando e batendo em inocentes pela rua.
Onde foi parar o respeito Judeu?
Onde está a reverência Católica?
O que aconteceu com a ética Protestante?
No que se transformou o carisma Pentecostal?
Em fogo estranho neo-pentecostal.
Em fundamentalismo calculista infundado e frio.
Em fé distorcida e cega.
Em farisaísmo.
E todos vêm em nome de um deus único,
Mas todos são diferentes.
Quantos deuses únicos existem na cabeça dos homens?
Limitaram Deus num livro mal interpretado.
Usam a espada de forma literal.
Matando a si mesmos com a letra.
Estão ganhando o mundo para perder a alma.
Seguidores de homens que como estrelas que refletem uma luz que não é sua, querem brilhar mais que o Sol.
E multidões lotam salões, pagam milhões para participarem de um show de mágica.
Ergueram altares a um deus bizarro, para ser o instrumento pagão do seu freak show. Enquanto ilusionistas da fé com seus “Armanis” e suas cartolas que saem coelhos, cavalos, fazendas, carros importados e mansões diretas para o próprio império de horror.
Com meia dúzia de versículos decorados eles abrem o espetáculo e contagiam hipnoticamente a platéia com um texto ensaiado de ritos que fazem todos entrarem em um transe de admiração capaz de fazê-los lamber o chão do estábulo em nome do seu deus.
E todos saem dali com os olhos esbugalhados e um sorriso petrificado digno de levá-los direto ao hospício mais próximo.
E na rua eles flutuam superiores contando aos incautos suas “experiências” místicas produzidas por mãos humanas, o que faz deles seres “iluminados”, “imortais” e “invencíveis”, até a chegada do próximo resfriado da estação.

Diego Marcell
06-07-10

Um comentário:

  1. tão brutal... tão real...
    esplendida exposição da realidade...
    essa compreensão nos faz ver como somos nocivos a nós mesmos... me faz recordar do 'nome da rosa' e da sensação que naquele dia tive do breve limiar entre a certeza e a loucura... me leva a uma analogia ao laranja mecanica e sua critica ao condicionamento, a crença de um behavorismo cristão falido, que quer imputar ás pessoas um condicionamento a uma adoração a um deus... uma adoração falsa... um suposto deus... uma suposta certeza da salvação!
    será que somos criticos demais, racionais demais.. ou estamos no caminho certo?!

    *keel

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