segunda-feira, 28 de março de 2011

O crime teológico de “A Cabana”


O credo de Atanásio fala a respeito do Pai, do Filho e do Espírito Santo como não feitos, nem criados, nem gerados, mas procedentes uns dos outros, pois não são três Deuses, mas um, portanto o centurião quando viu a morte de Jesus e teve aquele estranho súbito sentimento que o revelava Jesus o filho, realmente, de Deus (Lc 23.47) ele não poderia ver um homem como outro qualquer gerado do Ser Máximo, mas o procedente, que desta forma é o próprio, concebendo então a compreensão da morte do próprio Deus naquele momento, por sua criação inteira.

O que se vê no cristianismo de hoje que quer se dissociar a tri-Unidade de Deus, se assemelha a uma antiga crença chamada Triteísmo, analise sua doutrina:

Ensina três pessoas distintas, como se as pessoas da trindade fossem independentes umas das outras.
Método triteísta: muito do que se fala e se escreve sobre a Trindade aproxima-se perigosamente do triteísmo; fala do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como falando de três pessoas individuais humanas, fala-se muito em cooperação das três pessoas, num plano em que trabalham nele separadamente, ouve-se falar de concílios de eternidade, como se os três se reunissem numa mesa redonda e individual a fim de que chegassem num acordo. (Silveira, p. 118)

Se não for possível aceitar que ali na morte de Cristo estava Deus, se nossa fé é tão fraca e defeituosa a ponto de exercer novos conceitos para a Trindade, então este cristianismo não se vê muito fundamentado.

Andei lendo alguns comentários sobre o livro “A Cabana” antes de iniciar minha leitura, algo que estranhei foi um comentário de um pastor que admiro muito por suas análises teológicas cotidianas e culturais, ele elogiou bastante o livro, mas analisando uma questão do enredo como erro teológico, situação elevada pelos extremistas tradicionais à heresia.

Quando cheguei no capítulo da referente citação, confesso que me arrepiei pela definição que o mesmo dá de Deus, mas um arrepio bom foi este, já que o escritor mostra algo de admirável profundidade teológica e espiritual, o capítulo 6 faz jus ao título e realmente é uma “Aula de vôo” para os espiritualmente dispostos a irem a cabana encontrarem Deus. Quando o Pai diz que Ele estava sendo crucificado com Jesus não é um crime, como o título deste texto sugere, mas uma verdade que faz sentido desde quando obtive alguma compreensão teológica verdadeira, se não fosse assim, quem seria Jesus na cruz? Seria o Jesus de várias seitas que no decorrer da história surgiram e continua surgindo, que fazem planos e cálculos para estabelecer algum sentido racional onde só existe mistério e fé, por ser a não-limitação do Ser perfeito que não é concebido pelos conceitos reduzidos por conceitos e conseqüências dos arredores da mentalidade humana.

A Cabana é um livro profundamente espiritual para quem se deixa penetrar pela reflexão da vida, um livro que mexeu muito comigo e me fez aprofundar ainda mais nas questões relacionadas a este Ser que nos criou. Um livro que mexeu comigo de forma suave e cotidiana. Recomendo a todos como fundamental para compreender que Deus não é aquele cara do quadrinho nas instituições religiosas.

Diego Marcell 28-03-11

Referencias

SILVEIRA, Agissé B. GONÇALVES, Israel B. Teontologia – Um Ser que é Deus um Deus que é Pai. Mafra: FAEST editora, 2009.
YOUNG, William P. A Cabana. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.
Novo testamento King James edição de estudo. São Paulo: Abba Press, 2007.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O verdadeiro milagre


E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra. Então veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente. Então ele se levantou, e foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou, e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água que beba. E, indo ela a trazê-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão. Porém ela disse: Vive o SENHOR teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos, e morramos.
E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze dele primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois farás para ti e para teu filho. Porque assim diz o SENHOR Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra. E ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.
Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou; conforme a palavra do SENHOR, que ele falara pelo ministério de Elias. (I Reis 17. 7-16 Bíblia Hábil)

Esta é uma humana revelação da atitude divina ante os seus filhos.

O que tem mais valor? Ver um milagre extraordinário, maravilhoso aos olhos, espantoso? Mas que amanhã não suprirá sua necessidade diária, um pão multiplicado hoje, extravagantemente claro aos olhos, mas que a sua falta irá te fazer passar fome amanhã? Ou o milagre do suprimento cotidiano, o milagre imperceptível da sustentação diária?

As pessoas, principalmente os que se dizem “pentecostais”, não percebem este detalhe, assim como o povo não percebia que no êxodo eles tinham suas necessidades básicas alcançadas diariamente, mas o povo quer determinar um milagre que não exija dele esforço algum para conquistá-lo, o povo quer ver chuva de canivete, chuva de casa própria, chuva de emprego, sem se capacitar para tal.

Deus quer ensinar que o maior milagre é imperceptível a pessoas fúteis, mas valorizado por pessoas dignas que percebem no dia a dia, nas coisas simples da vida a poderosa mão de Deus, essas pessoas jamais exigirão dEle, jamais se indignarão e jamais se frustrarão com Deus, pois sabem que Ele trabalha de forma natural e soberana na regência do Universo. Que a sua atuação é um ciclo gradativo de acontecimentos que cooperam para o bem dos que O temem. Que Ele não interfere na ordem natural das coisas, mas faz da sua atuação e intervenção um processo dentro da ordem para um fim proveitoso. No milagre da vida Ele lança sua ação, dessa forma entende-se que nada se faz sem a sua vontade e atuação, diferente do ato esporádico e chamativo que tem mais a cara do diabo, que executa coisas maravilhosas aos olhos dos homens para chamar sua atenção e usá-los, mas que essas obras não evocam nenhum beneficio aos seres humanos, sendo apenas ilusão.

As coisas de Deus são naturais e duráveis, é executada em processos preparatórios ao ser e leva a fins benéficos que geram futuro.

Diego Marcell 21-10-10

quarta-feira, 23 de março de 2011

O profeta vaidoso


Esta teologia que nós fazemos é pura vaidade que nasce no Éden e que brota da futilidade da concepção humana pós-Éden, adornado de esteticismo burlesco em nome do sagrado, mas alimentando apenas o que é profano, no que sobra das suas características ruins.

Instituições e mais instituições criadas a partir do auto-endeusamento formando “a religião” que levará a um conceito de Deus “revelado” a estes “teólogos-profetas-apóstolos” da independência.

É engraçado como a futilidade humana precisa destas figuras, destes limitados “iluminados”, a revelação de Jesus não é suficiente para eles, é pouco atraente para quem não entende a simplicidade, ou não aceita uma religião, ou um plano divino que não seja cheio de esquemas mecânicos para funcionar.

Descobri recentemente mais um destes conceitos perfeitos de cristianismo surgido do sueco Emanuel Swedenborg, a chamada Nova Igreja. O interessante é que pouco das doutrinas e da admiração e devoção dos seguidores parte de Jesus e dos escritos dos apóstolos que com Ele andaram, mas da reinterpretação destes coitados que tiveram sonhos mágicos com algum deus, que sempre elege alguém, mas sempre se contradiz de um profeta a outro, ou seja, ou são vários deuses ou um deus bipolar este que se revelou ao sueco, a Ellen White, ao Joseph Smith e a tantos outros que originaram seitas mundo a fora.

Diego Marcell 23-03-11

terça-feira, 22 de março de 2011

Por que ser cristão?


Porque nenhuma religião em suas inumeráveis conjecturas me trás um sentido teológico como a simplicidade do ato Divino em Jesus para a humanidade.

Uma religião que tem em seu maior representante não um profeta, mas um Deus que se coloca na humanidade, para a humanidade, pela humanidade; um Deus único que revela a igualdade na diversidade para o fluir perfeito daquilo que seu ideal criou.

O Deus, o Eterno, o Único antes de tudo, que fez dEle mesmo a Religião na representação de ser humano como aqueles a quem Ele destinou todas as demais criações.

Jesus, o Cristo, crucificado, vergonha para ser Rei, amor em forma de ato, em forma de desprezo para a glória da criação, amor em forma de rebaixamento do Santo em pecado para a morte do pecado através da morte do Santo.

Ato, gesto, demonstração máxima da Religião como instrumento eficaz de quem a representa; nEle, por Ele e para Ele em tudo. Eterno, Criador e Salvador, Amor manifesto pela criatura elevando-a a posição de destaque em um Reino habitado ao vivo e a cores pelo Possuidor de tudo.

Por este simples e único motivo que realmente tem sentido teológico é que sou cristão.

Diego Marcell 01-03-11

segunda-feira, 21 de março de 2011

Aviso nuclear


O césio não é sério
Quando brilha;
Num país sem educação
Pão e circo é a solução.
Na ciência da mentira
Minha mídia, um mantra sagrado
Num mar inesperado
Se afoga Narciso
Se for preciso
Deixa o livro
E todo peso desnecessário
Para mamar no seio do publicitário.
Tudo brilha neste país
Como um aprendiz que não aprendeu,
Mora em cenário de papelão
Se diverte com seu pastelão
Da vida privada
E não puxa a descarga
Pois entupiu aquela que te pariu.
Se o que é básico é lixo
Opção ao descartável
Pobre família que se desconhece
Dentro do próprio habitat.
Se tudo que é sexo é filho
E o dinheiro não é palpável
Pobres inimigos que competem
Por este ego que os regem.
Aviso pensante
Num jeito explosivo,
Bomba que desnuda
As garotas de Hiroxima
Na sua mais perplexa nostalgia.

Diego Marcell 20-03-11

quinta-feira, 10 de março de 2011

Bate-papo sobre Rock


Bate papo numa tarde de quinta-feira no MSN, em relação ao texto “Juventude sem rock é nação sem esperança”.

sandro consul diz:
Realmente não tem mais uma geração
nem sei se existia
se não é fruto de uma geração que queria sair do cotidiano
mas no fundo só era um método de viver porque sempre foram rodeados e usufruindo do capitalismo.
Li algo fabuloso que dizia
nascemos originais e morremos como copias.

diego marcell diz:
mas nós nascemos no capitalismo, agora ficar culpando ele é hipocrisia,
essa é a vida.
No texto estou falando de um conceito de juventude que está difícil de ver hoje em dia, e que as vezes produzia alguma coisa legal por pura curtição da idade

sandro consul diz:
Sim, mas mesmo assim era tudo meio mastigado,
até para os que achavam cult,
enfim,
opinião de questionador,
hoje nem tem isso mais
é uma outra geração com outros conceitos,
para esta geração eles são os alternativos
e para anterior também se acham alternativo
e pergunto
O que muda?
acho que vou fazer um xixi de horas atrás haha
mas me responda viu...

diego marcell diz:
Muda que eles não querem mais uma mudança, mesmo que vazia como era,
o querer não existe mais, agora eles estão satisfeitos, eles não querem mais não ser como seus pais, mesmo que antes não deixassem de ser, existia um querer que já não existe, e isso é sepultamento de seres em formação o que acarretará numa sociedade oca.

Resumo da ópera. O que me choca é o comodismo da aceitação daquilo que se vê, não que os rebeldes fossem melhores, mas eles pelo menos não queriam ser mais um numero por aí, mas ter algum sentido na vida, o que essa onda country universitária não tem. Pois dessa “rebelião” deve surgir salvação para uma minoria que seja, mas há, pois se a rebeldia cessa, a impunidade de quem está no comando toma conta como um câncer que se alastra pela sociedade e ninguém mais pode conter, pelo menos o rock poderia salvar ideologicamente a alma de alguns indivíduos que cresceriam para o mundo com outra visão, se os mesmos não fossem corrompidos pelo excesso de caracteres ilusórios que o sonho produz, é neste momento que o herói morre de overdose, é neste momento que o rock erra.

É preciso ter ideologia para viver? Sem duvida. É preciso existir profetas do apocalipse? Com certeza. Para que uma pequena parte do todo desperte do sono profundo da Queda e dissimule o óbvio em busca de realidades tangíveis ao dia de hoje e não apenas tapetes voadores, que em tempos pós-modernos já não colam. A revolução não está em ser vegan, straight edge, ou qualquer outra coisa, isso é um conceito muito restrito dentro das questões sociais e que não interferem uma palha em relação ao próximo, porque abarca questões particulares que tendem a se afunilarem e nunca a se ampliarem para além da opinião, alcançando o dialogo relevante para o altruísmo do espírito e não da carne, apesar do mesmo se dar na carne sem nunca deixar de lado esta que representa sua manifestação real num mundo feito de matéria e apenas elevado pelo abstrato, sendo que este tem sua função também na matéria, jamais o abstrato possível pode fazer sentido fora da materialidade. A revolução é individual sem extrapolar limites, pois só o respeito carrega outros para seu partidarismo, o não-partidarismo do respeito é o melhor partidarismo, do contrario os regimes militares teriam amplitudes éticas e fariam sentido a todos, mas não é isso que se vê.

Sintetizando: não o rock em si, mas tudo aquilo que sempre esteve atrelado aos movimentos não só de rock, mas como o samba no inicio do século XX, ou o Hip-Hop nos anos 80, de alguma forma foram teologias da libertação de classes, e partindo da juventude, pois nela que mora o espírito de vanguarda, mesmo que ainda adormecido e carecendo de algum conteúdo que o possa fecundar.

Diego Marcell 10/03/11

A definição do processo indefinido


Tudo que faço, o que busco, é o que aprendi, o que ouvi, e vi, o que não é convencional, o que é distante; em mim há mistura, nem tudo que faço sei por absoluto, mas é o que busco. Romper barreiras humanas, o que foi imposto, isso eu desmistifico.

Em todos os lugares, por todos os lados, alguém pode não entender, mas nada é injustificado, nada é banal e por isso tem pouca chance de ser normal.

Pode ser subjetivo, mas eu vivo isso.

Sempre busquei o que era mistério, para mim.

A incompreensão foi bagagem para gerar questões, que as vezes dão respostas, mas quase sempre elas são respostas que não findam o assunto, pelo contrário, sempre gerarão mais perguntas, a cada resposta surge um campo a mais a seguir; e nestes campos, conteúdos a escolher, pelo simples fato deles estarem lá, você pode fingir-se de cego e passar intacto às sensações, ou pode querer mexer em algo estranho e conhecer o que é inédito a você.

Isso é resposta ao inicio, mas só entende quem decide entrar nesse campo que leva a uma floresta, as primeiras respostas são relativamente fáceis, são rasas, mas no meio da infinidade de variação de espécies de fatos e teorias, verdades e experiências, as respostas e sensações são muito próximas e pouco distinguíveis do que você realmente está vivendo, do que você realmente está conhecendo, isso torna explicações muito simplórias para o que realmente está acontecendo.

Diego Marcell 02-09-09

quarta-feira, 9 de março de 2011

A teologia unilateral do homem


Visões reveladas do reino de Deus cancelam a palavra dEle, se Deus falou está falado, o que podemos argumentar se o “próprio Criador” deu a interpretação a alguns escolhidos?

Calvinismo e arminianismo não se cancelam, mas o radicalismo dessas linhas é que prejudicam o homem. Surge um rivalismo teológico, congregacional e até de comunhão quando alguma linha toma o lugar principal na vida dos seres humanos. Se estas pessoas estudam para esquecer o principio do evangelho e lutar por um ideal teológico que gera divisão, então isso não vem de Deus. Estudar, expressar sua opinião, formular teorias, isto é saudável para o desenvolvimento de um movimento, mas a partir do momento que aquilo se torna verdade absoluta para a pessoa e a cega, foge completamente do propósito cristão de crescimento científico. São raros os capazes de carregar a humildade com sua teoria e deixa-la aberta a discussão.

Creio que só há salvação pela graça, mas que cabe ao cristão o aperfeiçoamento baseado na pessoa de Jesus, na sua fraqueza sendo fortificado pelo Espírito, para a glória do Pai.

Diego Marcell 25-03-10

terça-feira, 8 de março de 2011

Poemas Filosóficos I


02-09-09
(entre Nietzsche e Davi)

Eu sentei para pensar
Filosofar no que leio, no que sei, no que não sei
Aromaticamente me pus a escrever
Já que o café é doce
Nenhuma conclusão me é tão óbvia
Eu só quero poetizar
Os grandes mestres refletiam
Abaixo de uma luz superior ao óbvio
Se é óbvio ser super-homem
Eu visto panos de saco
Coloco meu rosto no pó
E nem por isso sou coitadinho
Se me verem babando como louco na frente daqueles
Que me intentam o mal
É porque jamais morrerei louco, demente
Como quem se achava o tal.

Diego Marcell

segunda-feira, 7 de março de 2011

A auto-ilusão


Que a vontade do homem
Não ofusque o que é importante
Não desvie a glória de Deus
Não empeçam as passagens que levam a Ele.
Que a ação do homem
Não seja para agradar ao próximo
Mas que seja para agradar o Pai.
Ofertas especiais não cobrem pecados
Mas iludem a cabeça do homem
Se essa for a vontade
E se for
Então aquele que o faz
Ilude-se ou ali se encontra por outro motivo.
Motivo social
Mas jamais espiritual
Pois a auto-promoção é o oposto que a
Palavra de Deus diz.
Se o objetivo do homem é aparecer bem
Dentro da igreja
É dar lições, fazer discursos
Que não refletem sua vida cotidiana lá fora
Se é esse seu objetivo
É melhor achar outro tipo de
Clubinho para aparecer
Pois a salvação não vem de um elogio
Ou da visão externa que a tua pseudo-unção
Causa nos irmãos
A salvação vem da verdade que você carrega,
E Deus sabe a de cada um.

Diego Marcell 24-04-2008

sábado, 5 de março de 2011

Avivamento ou apostasia?


Li num blog uma pesquisa onde perguntava sobre o futuro da igreja evangélica no Brasil, os quatro tópicos eram: 1º ela está a beira de um avivamento. 2º está a mesma coisa. 3º está a beira da apostasia. 4º não sei. Pensei comigo: a alguns meses atrás eu não hesitaria em colocar “a beira de um avivamento”; porém hoje com certeza assinalaria, “a beira da apostasia”. Se Deus está nos abrindo a mente e nos livrando de um falso avivamento para uma reforma, ou de uma apostasia para um avivamento (já que uma reforma é gerada por um tipo de avivamento profundo e verdadeiro em gerações ou indivíduos) se é isso, não sei com certeza, mas que desde a minha conversão eu vejo Deus transfigurando ambientes sensitíveis, mudando geografias espirituais na minha frente, ou numa tela atrás de mim, isto eu vejo; e agora não é diferente, quando tudo toma forma e você se permite aceitar o que for, aceitar o risco da novidade, aceitar ser levado para o desconhecido, sem medo, tudo flui com clareza em tempo real.

Deus vem realizando isto, desde que eu resolvi tampar os ouvidos para vozes humanas e ouvir apenas a voz do Deus Pai. É a compreensão subjetiva, o saber mais intrínseco do evangelho no ser, é a faculdade de teologia que amplia horizontes (diferente destes cursos de obreiros de algumas igrejas que aprisionam incautos em doutrinas e meios mecânicos de fé), são os livros e filmes e inúmeros extras que caem nas minhas mãos e fecham com aquilo que fala dentro de mim.

Isso tudo gera um ângulo diferente de tudo que você um dia viu ou vivenciou. Aqueles que eram os revelados do poder do Altíssimo não passavam de promovedores de ameaças evangélicas? Eram visionários do avivamento ou vendedores de ilusão? Pelos seus frutos, que bem conheço, pois vi muito de perto, obtenho as respostas, eu que nunca fui assim muito de super produções cinematográficas, sempre preferi o retrato da humanidade dos filmes sul-americanos e europeus, um dia também fui encantado pela ludibriante pregação e os shows pirotécnicos desses homens, que hoje sei, pregam por dinheiro. Talvez não seja culpa deles, mas neste meio, as brechas devem ser tampadas antes que se tornem fendas sem concerto, é o sistema que tomou conta dos evangélicos que agora seguem um falso evangelho, um evangelho bem produzido, bem definido, que sabe seus objetivos, seus propósitos, e os meios para neles chegar. Isto é péssimo, mas é bom, pois Deus está levantando vozes pelo mundo, que lutam contra isto, que em nada querem ganhar com o evangelho, a não ser almas, que nada usam de meios a não ser a verdade, e não para seus próprios interesses, mas daquele que os chamou, no silencio, no anonimato, para não criar pop stars, mas instrumentos de uma obra, membros sadios de um corpo doente, para um avivamento genuíno, aquele que transforma a mente.

Diego Marcell 09-04-10

sexta-feira, 4 de março de 2011

Testemunhas de Jeova conseguem que a justiça feche site que denuncia seu passado tenebroso.


Embora documentado, site foi acusado de difamação

Em outubro de 1921, em sua publicação "A Idade de Ouro", a religião TJs (Testemunhas de Jeová) incitou os fiéis a usarem “seus direitos como cidadãos americanos para abolir para sempre a prática demoníaca das vacinas”.

Em julho de 1929, a mesma revista afirmou que “[os negros] são uma raça de serviçais. Não há no mundo um serviçal tão bom quanto um bom serviçal de cor”.

Em junho de 1933, na Alemanha, um grupo de fiéis da TJs escreveu o documento "Declaração de Fatos" e uma carta pessoal com elogios a Hilter.

Em dezembro de 1968, a Despertai!, também da TJs, publicou que transplantes de órgãos, incluindo o de córneas, eram canibalismo.

No dia 21 de fevereiro de 2011, na segunda-feira retrasada, um ex-TJs anônimo informou que, por determinação judicial, estava tirando do ar o site Índice TJ, que relatava em detalhes esses e outros fatos tenebrosos da história da religião.

A Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, da TJs, tinha entrado na Justiça contra o ex-fiel com a alegação de que o site divulgava “conteúdo difamatório e calunioso”, embora, ali, tudo esteja aparentemente documentado, com citações de publicações da própria religião.

O Índice TJ foi criado em 2004 para apresentar a religião de uma perspectiva crítica. Seu dono começou a ser pressionado em julho de 2010, quando recebeu uma petição da sede mundial da religião, em Nova York, e das filiais da Alemanha e Canadá para que desativasse o site. O que incomodou mais a TJs teria sido a divulgação de 200 cartas, algumas delas consideradas confidenciais.

A sentença pelo fechamento do site não é final, porque cabe recurso, mas o dono do site desistiu dos tribunais. É de supor que, se levasse a luta judicial adiante, ele acabaria sendo beneficiado pelo direito constitucional de livre expressão.

A maioria dos 800 artigos do Índice TJ continua na internet, agora no endereço http://www.indicetj.info/. Trata-se de um "espelho" (cópia) feito pela internauta que se identifica como “thegirl”.

Ali há depoimentos extraídos da imprensa de pessoas que teriam sofrido as consequências dramáticas dos equívocos da religião, como o de um menino que ficou cego de um olho porque não pôde fazer transplante de córnea.

Vítimas das crendices da TJs



peguei no Genizah

Boatos apocalípticos

gostei muito do que foi abordado na revista show da fé.


clique na imagem para ampliar

Oração do pedido


Pai, como são infantis
E pregam um evangelho infantil
Pai, eu não quero entrar neste furacão.
Me perdoa se as vezes caminho por ali.
Eu não quero entrar numa liga por uma vontade que não é sua
Apesar de todos afirmarem a sua maneira que o Deus do céu fala.
Pai. Eu não quero.
Me tira desta bobagem.
Me tira da onde não tem poesia.
Me tira da onde não tem humanidade.
Me tira da onde não tem amor.
Me tira da onde não tem praticidade.
Pai me livra deste desejo produzido pelo ego.
Me tira deste movimento que deixa cego.
Me tira desta nuvem pesada, que troveja sem água.
Desta terra que não produz nada além de uma auto-produção de besteiras.
Pai, me leva para o monte
Para o sermão
Para a tua palavra naqueles pobres.
Para tua riqueza naqueles mistérios.
Me leva pra ter sentido no coração e não na pele.
Me leva a uma oração pura, de um tempo incontável.
De palavras inaudíveis. De respostas inapropriadas a comodidade do ego.
Tira o peso de uma falha, de um lapso do meu pensamento.
Amém.

Diego Marcell 18-05-10

quinta-feira, 3 de março de 2011

Oração do ouvir


As vezes temos que parar o nosso mundo
E no estático encontrar a Voz que fala.
As vezes por Sua imagem nos fala
E a ela nós amamos como a nós mesmos;
Aquele a quem de mim não merecia
Como eu não mereço Sua morte.
Aquela dor que move, que mexe e que cura.
Sua voz machuca, mas me salva.
Da comodidade do caos inebriante da incerteza que paralisa
Eu quero mergulhar, atravessar suas ondas e me deixar levar por você.
Longe do comum.
Longe do normal.
Explodir este sistema que faz de homens uma série numerada e igual.
Oh sim
Me ensina a amar.
Preciso parar, zerar, atravessar o mar
Do jeito que você quiser me ensinar
Eu vou,
Parado no movimento cósmico da sua soberania dentro e fora do tempo.
Eu vou fazer o possível para não fazer o que não vem de nós.
Amém.

Diego Marcell 31-05-10

quarta-feira, 2 de março de 2011

NOVO HINO


(Recebi esta versão do hino nacional da Michelle por email, e o acho conveniente, mais a cara do país)


Só ouviram em Brasília as frases tácitas

De um povo conformado irretumbante,

E o sol da impunidade, em solos lúbrigos,

Brilhou no céu da Pátria estagnante

Se o penhor da desigualdade

Consentimos assistir com ócio forte,

Em teu seio, a impunidade,

Desafia o nosso peito à própria sorte!







Ó Pátria desamada,

Idiotizada,

Salve! Salve!

Brasil, um pesadelo intenso, um raio vívido

De desamor e de desesperança à terra desce,

Se em teu formoso céu risonho e límpido,

A impunidade no Congresso resplandece.

Berrante é a nossa impotência,

De inércia forte, pávido colosso,

E o teu futuro espelha só pobreza

Terra manipulada,

Entre outras mil

És tu, Brasil.

Ó Pátria roubada!

Dos corruptos deste solo és mãe gentil,

Pátria desamada,

Brasil!

Dormindo eternamente de modo esplêndido

Ao som da mídia paga por um véu profundo,

Ofuscas, ó Brasil, florão da América,

Observado ao sol de todo Mundo!

Nesta terra tanta intriga

Teus risonhos, lindos campos têm poucos donos,

"Nossos governantes têm mais vida"

"Nossa vida", no teu seio, "mais credores"

Ó Pátria desamada,

Idiotizada,

Salve! Salve!

Brasil, da impunidade seja símbolo

As falcatruas que comete o teu senado,

E diga o corporativismo desta trama

- Paz no futuro sem mandatos cassados.

E, se erguem da injustiça a clava forte,

Verás que os filhos teus fogem da luta

E temem quem os rouba até a morte,

Terra idiotizada

Entre outras mil,

És tu Brasil,

Pátria manipulada!

Dos corruptos deste solo és mãe gentil,

Pátria desamada,

Brasil!

Onde estamos depositando a nossa fé?


Jesus veio ao mundo e nos deu um evangelho pautado na humanidade, mas hoje os homens ensinam um “evangelho” baseado no sobrenatural, uma vida de super-poderes, de viagens estrelares; perdeu-se a base, eles esqueceram da mensagem da cruz, pegaram a moldura do texto bíblico e transformaram em doutrina, tornando insuficiente o milagre da vida e da salvação. Fabricam testemunhos baseados na mentira, o que remete a Satanás, pois o pior pecado que se pode cometer por alguém que professa o nome de Cristo é este, já que ensina como sendo verdade algo que não é, enganando muitas pessoas para se auto-favorecer sendo então este que age desta forma um inspirado pelo espírito do anti-cristo, pois causará repulsa em muitos daqueles que um dia creram e como não há nada encoberto que não seja revelado, mais cedo ou mais tarde este espírito maligno terá dado seus frutos podres no meio de “crentes”.

Os homens da bíblia não andavam circulados por aureolas de santidade como os pastores pop stars de hoje, não faziam shows com hora marcada para milagres, mas eram operários da fé, com as mesmas crises e falhas que vemos em nossos homens comuns de hoje; andavam no meio do povo e compartilhavam a vida diária com a sociedade, não ficavam trancados em seus quartos encarpetados fazendo armazenamento de poder para a próxima cruzada de milagres em Tókio; mas eram homens que realmente sabiam do que falavam e o que viviam, pois é na simplicidade e na cumplicidade que o evangelho faz sentido e produz seu melhor resultado, é na mudança que instiga o crescimento diário, e não em supostos arrebatamentos para não sei onde, ou em cruzadas marcadas por “quase divindades” que a distancia movem meu sentimental com o tom certo de uma palavra incompreensível.

Onde estamos baseando nossa fé? Quem são os homens de Deus? Alguém que roda o mundo com uma mensagem tão séria, tão marcante, capaz de enganar os mais firmes com a força do seu movimento que produz mensagens, livros, músicas e poder, será que estes só estão onde estão porque venderam suas almas?

É inexplicável o que estou sentindo, o choque que me eletriza as entranhas, mas como tenho tanta certeza nos caminhos produzidos pelo Senhor, a tristeza talvez seja alegria; o que Deus vem me ensinando nos últimos 9 meses e mais intensamente nos últimos dias é algo digno de um encontro com a verdade que se descortina a cada passo que dou sem me esforçar para procura-la. Homens da mais elevada estirpe midiática da história da igreja que não passavam de ideais errantes, ainda mais por afirmarem suas crenças particulares e as pregarem como primórdio, levando milhões de seguidores a se tornarem extremistas e consequentemente assassinos da fé cristã. Enquanto a simplicidade do evangelho de Cristo foi deixado de lado por não atrair ninguém por sua falta de adereços, ele atrai os que realmente tem na verdade o seu amor, pois é o evangelho que fala ao coração e tem como belo o exótico, que sempre foi a verdadeira beleza.

Diego Marcell 04-2010

terça-feira, 1 de março de 2011

Juventude sem rock é nação sem esperança


Por Diego Marcell


Identificamos o brilho da juventude que é a esperança e a manifestação na sociedade, mesmo que sem grande conteúdo e talvez por isso ousada para ainda almejarmos um futuro. A juventude que sempre trouxe nas suas revoluções trilhas sonoras que acompanhavam gerações. Porém, hoje amargamente vejo uma sociedade estuprada por não ter mais sua juventude um grande hino de rock. Se por liberdade já não se luta, quais ideologias queremos ou teremos para viver?

O ultimo resquício desta pré-adolescência tem seu foco em objetos pouco ou nada úteis. Se numa cópia muito mal feita de uma memória new wave, esta canção que toca é desculpa para manifestações estéticas visuais de apreços bem mais próximos de um Wando que uma Blitz.

Não questionando qualidade, apenas progresso (mesmo que indique regresso), mas mudança caracterizando mutação, ainda pouco ouvíamos características pessoais de uma geração num inicio de certas bandas como Fresno na sua “Pólo”, que identifica alguma manifestação temporal, o que já não se vê na “colorida” Restart, que é uma reprodução vazia de um José Augusto, ou seja, sem ideologia nem ao menos bucólica.

Se o rock em seus múltiplos estágios, nem melhores, nem piores, apenas diferentes, causavam histeria idiota ou política ou sexual ou artística, mas deixavam um sonho em noites acordadas em bares e romances desde sempre, se em dado momento hippie, em progresso espiritual, punk político, pós-punk existencial, heavy metal expressivo, hard core contestador e por aí segue-se; ele sempre foi o herói que morria de overdose quando falhava, ou quando Lobão o acusava de erro, mas que renascia com três acordes embrionários cada vez que se fundia no ar dos novos tempos. Mas se agora nossos jovens se divertem com uma atualizada roupagem do gênero sertanejo, isto me assusta, já que nosso sonho rural era ter casa no campo para plantar amigos, livros e discos, para fazer rock, e não, como deseja esta, reunir-se em torno de trajes beges de couro para cantar coisas que a mente não absorve em nome de uma diversão sem futuro.

Espero que surja de algum gueto que misture samba ou hip-hop, com algum instrumento oriental, um britânico chacoalhar de nossos corpos com jaquetas de couro, possuídos de um novo romance que inspire notas ao violão em melodias inéditas ou re-paginadas fabricando poetas e novos guerrilheiros de canto gutural para transcenderem nossas almas pelo ritmo que fará da próxima geração pessoas dignas de passarem pela curtição da juventude que se embriaga de rock’n roll; pois é preciso saber viver, que saibamos também saber crescer.

07-02-11

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