segunda-feira, 26 de julho de 2010

O país do swing e do sangue


Uma mente vazia
Que vê o tempo passar
Por baixo do viaduto das idéias
De onde buzinam e jogam papeis de bala
Para você lamber.
Presidentes que convencem que não mentem
Presidem você.
Fazem da tua pátria uma bandeira costurada de símbolos ocultos.
Fazem da tua pátria algumas arvores, uns bichos e alguma terra.
Fazem da tua dignidade uma moeda de troco.
Fazem da sua língua uma maquina de controle para dominar analfabetos culturais.
Em tempos assim que percebemos que a única coisa que sobrou de seguro é o sexo.
Que se pode confiar na família até ela te soltar pela janela do prédio.
Que na alma do país, você pode marcar o seu gol,
Até o goleiro resolver lançar seus membros esquartejados aos cães.
Que pode se confessar com o padre que come seu filho toda semana.
Que você pode dar seu dízimo ao tráfico de armas.
Que você pode fazer o que quiser, mas na imprensa você só aparece no carnaval, desfilando com um lindo fio dental.
Este é o país que brilha a estrela que se aposentou entre o vermelho sangue que jorra pela história e por um dedo mínimo.

Diego Marcell
24/07/10

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