sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O povo que habita o facebook me comove...


Sei do trabalho de inúmeros artistas [diretores, atores, dançarinos,músicos...] gente de talento que precisa de apoio, de uma ajuda, que seu link seja partilhado pra ganhar reconhecimento, que uma contribuição seja dada no Catarse ou que simplesmente se divulgue um evento mesmo que não vá... mas todos finjem que não veem... 

Mas quando se trata de futilidades é para isso que existe esta populosa região da nuvem... nos milhares terabytes de informação... E ai numa bela tarde entro no facebook e só vejo o frisson do momento "O Mendigo de Curitiba"... e todos querendo ajuda-lo, porque ele é lindo e precisa que alguma agência o lance no mercado!

Ah vá!

Todos pisam em cima dos mendigos, fogem deles, criticam-os e agora, só porque uma turista tirou a foto do mendigo galã todos tem que ajudar ele e compartilhar...

Vê-se que ninguém, [nem brasileiro, nem curitibano] conhece ou já conversou com algum mendigo... a maioria deles está na rua por opção, abandonaram o que tinham por causa de vícios... mas ninguém fala com os carrinheiros, estes sim estão batalhando pra ganhar um dinheiro, sustentar famílias, quem sabe se um dia aparecer um carrinheiro galã ele não ganhe espaço nas redes sociais e na nossa maravilhosa midia que também está pronta a tornar matéria de capa o mainstream.

As descobertas sobre o tal mendigo surpreenderam a todos: se descobriu que é um ex-modelo fotográfico que abandonou tudo por causa do crack... [me chamem de moralista ou o que quiserem, mas aqueles que se permitem viver no vício, que buscam em drogas um escape tem mais é que perecer mesmo!]

Não adianta internar... internação só é efetiva àquele que quer mudar de vida... e não quando é imposto os pais quererem não vai resolver nada!
  
As pessoas querem fazer o bem, não importa a quem, elas apenas precisam que alguém seja objeto de sua generosidade, como Kant coloca em sua obra Reflexiones (apud SCHNEEWIND, 2005, p. 534)

muitas pessoas sentem prazer em fazer boas ações, 
mas por isso não querem ter obrigações para com os outros.
Se alguém chega até elas de maneira submissa, eles farão tudo.
Não querem se sujeitar aos direitos das pessoas, 
mas encará-los como objeto da sua generosidade.

                          

Já tô até anciosa  pra encontra-lo na rua e perguntar como tá o faturamento agora... deve tá dando pra fumar um pouco mais por dia.

Fonte Raquel Zanini

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

GodArt 2


 No trafico subjetivo da opção artística, cada um entende a experiência a sua maneira, podendo sair em estado alterado ao fim do processo.

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