quinta-feira, 30 de junho de 2011

Em períodos de trem


O trem passou pelas cobertas de lama
E a grama na boca
Se espalha no vento
No impulso febril
De carne vermelha
De músculo na panela de pressão
África jovem
Passa o trem e te visito
A cada apito em cidade feia
A cada avião um oceano nevoeiro
Cada sentimento minha lágrima chora sozinha
No canto do teu gesto
Me maltrata
Você não se entende
E me contraria tentando acertar
Piora ao achar soluções
É veneno, não esterco
O trem ainda passa.

Diego Marcell 12/11/06

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Arte fotográfica


A fotografia artística, abstrata ou não, dilui todo sentido arbitrário que resigna essa forma de expressão tão popular, á meras paisagens. Ela é a criação de um mundo que vai além das fronteiras do papel fotográfico e só termina onde sua imaginação não pode mais alcançar; não se prende a títulos, enquadramentos e enfoques, ela é a liberdade da imagem, pois o movimento antes e depois da imagem parada é o leitor da fotografia que faz.
Cada foto é um mundo que o fotografo não sabe onde pode chegar; um mundo de pensamentos, cores, texturas, criatividade e é pôr essa razão que a fotografia artística pode ser fabricada, montada, inventada, criada, ela é a arte além do momento, é um sentido pro criador, uma história sem narrativa escrita ou sonora, é uma narrativa deixada em aberto, é um show de artifícios a serem impressos na nossa imaginação, é também uma arte que pode se completar com qualquer outra, ou até completar a outra, ser usada como início, o processo, ou a conclusão de um (ou outro) trabalho. A fotografia artística é um mundo ilimitado de sensações.

Diego Marcell 2006

terça-feira, 28 de junho de 2011

Produção e exibição do audiovisual brasileiro


É um grande erro copiar formas americanas de qualquer produto cultural. O Brasil é infinitamente mais rico culturalmente que um país descartável como os Estados Unidos.

Nos anos 50 foi criada a Vera Cruz, um estúdio nos parâmetros Hollywoodianos, que apesar de ter proporcionado vários sucessos cinematográficos de chanchadas e dramas clássicos, não durou muito, por não conseguir se manter independente do estado, lidando com valores estratosféricos. O oposto disso foi a criação da Embrafilme, uma empresa que bancava e distribuía em nível nacional nossos filmes, dividindo o mercado de maneira justa com o cinema de fora (que não era tão ruim como o de hoje em dia); outro fator favorável é que haviam muitas salas de exibição, salas grandes espalhadas por bairros e pequenas cidades.

Collor 1990, o presidente “mauricinho” queria transformar o Brasil em uma retenção de produtos importados, acaba com a Embrafilme e conseqüentemente com o cinema nacional. Nessa época eram produzidos em média de três a cinco filmes de longa metragem e sem possibilidade de exibição.

Fernando Henrique Cardoso, 1994, cria a Lei de Incentivo a Cultura e a Lei do Audiovisual, desta forma se dá a famosa retomada do cinema brasileiro com O Quatrilho, Baile Perfumado, Carlota Joaquina e tantos outros. Porém a invasão dos Estados Unidos com um cinema comercial e descartável, a redução das salas de cinema nas cidades pequenas a quase zero e nas grandes cidades as salas migrando para shoppings que exibem exclusivamente cinema comercial em salas agora minúsculas.

O grande problema da nova lei do audiovisual é que você precisa fazer o projeto, mandar para ser aprovado, se for aprovado começa a peregrinação de bater nas portas das empresas pedindo dinheiro, a empresa pode achar que a marca dela não se sairá bem de estar estampada no seu filme e com muito esforço daqui a 5 anos ele pode ser finalizado; outro fator que implica é que depois de pronto há o problema da exibição que a lei não inclui, realmente se a pessoa não tiver um grande empenho não fará um filme com recursos que não sejam próprios.

A única saída para a maioria mostrar seus filmes (principalmente curtas metragens que possuem uma lei de exibição nos cinemas, mas que deixou de ser cumprida dês do final dos anos 80) são os festivais espalhados pelo Brasil e algumas exibições em canais de televisão por assinatura, que democraticamente premiam o esforço daquele cineasta brasileiro que não entra nos moldes da Globo Filmes.

Com a chegada do cinema digital, no qual o custo de produção cai drasticamente em relação a película, e o auxilio da internet, muitos cineastas partiram para uma maneira alternativa de execução, criando um mercado paralelo a esse que estamos acostumados; com um cinema experimental, que não se limita as imposições comerciais, fazendo filmes com gastos super reduzidos e investimentos próprios, pois quando há liberdade e até limitações o brasileiro é n° 1 em criatividade, permitindo desenvolvimento do raciocínio, quebra de valores antigos, exceções de regras impostas por um cinema metódico e ultrapassado.


Diego Marcell 04/03/07

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Arte e necessidade!


Na busca por livros condenados ou perdidos no tempo, para a abertura do sebo que será Complexo Arte e Livre, caímos num galpão de papel velho, ou mais precisamente na varanda do dono do papel velho; quando perguntamos por um tal Juliano (nome dado pelo nosso informante), percebi o proprietário um tanto confuso, mais parecia um suspeito tentando esconder algo da policia. Cansado da falta de objetividade de ambas as partes, perguntei se o tal Juliano não se encontrava, então!? _”Sim, ta...mas ...como eu posso te explicar..., é complicado...”. Coisas desse tipo agravariam a condição do suspeito se realmente fossemos policiais. Depois de uma longa e confusa conversa, entendemos que ainda era necessário a separação e organização dos livros dos demais tipos de papel; segundo o “cara” eram dunas de papel crivando o galpão.

Também descobrimos no decorrer da conversa, que todos os livros são triturados e acabam virando papel higiênico. _”Que pecado!” Sim, foi essa a reação da Raquel e a minha (apenas em pensamento) sobre o fato de toda obra intelectual que toma forma física para fazer parte deste mundo, muitas de qualidade didática e psicológica, humana e poética, longe de uma avaliação particular, pois são livros, essa coisa que é a vida, a sociedade, a espiritualidade, impressa, que deveria estar por aí, circulando de mão em mão, mente em mente; simplesmente se encaminha para um final no mínimo hilário; será esse o reflexo do Brasil? Pra onde foi a cultura? Que nasceu para ser leitura e acaba servindo para limpar a bunda da população. O livro está sendo visto por outros olhos, e suas palavras acabam borradas num final também muito poético (e por que não?), não para as pessoas, eu, você e eles, os que lêem e os que se limpam, mas para o texto, não escrito, texto vivido, sem data e necessidade de lembrança (ou com necessidade, sei lá); mas enquanto eu monto um sebo para fazer esse trabalho limpo de proliferação da cultura, de forma independente e artesanal, os grandes querem dinheiro e ganham para fazer o trabalho sujo, tanto os cúmplices quanto os que têm ação direta para tirá-los (livros) de circulação, coagindo com a redução do acesso ao desenvolvimento das classes menos favorecidas, vendo que um sebo é muito mais acessível mercadologicamente, do que uma livraria de livros novos, que nem precisaríamos citar, custam caro para o bolso tradicional do brasileiro.


Diego Marcell
15/07/07

sábado, 25 de junho de 2011

Sentimento? Que sentimento?


Meu sentimento e os erros do homem ainda são tão arcaicos como naquele tempo onde os homens eram sós com suas imagens e postes ídolos, tradicionalmente e incorruptivelmente condenados pelos ancestrais, raças e famílias. Onde até os profetas cometiam absurdos.

Mas não é sobre programas de computador que eu queria falar, talvez eu quisesse fazer algo contemporâneo para manter-se destacável e fresco, mas o sentimento é o mesmo e tão gasto que seu cheiro já passou de sabor.

Nem sobre velhice, nem juventude, apenas o tempo que decorre da cabeça, jovem sim, mas triste, passado, enxuringado. Vista suas fardas, rotas, sem precisar convocar o dicionário, me ensine novamente, me lembre, de como se escreve em bom e criativo português particular e brasileiro acima de tudo.

Quanta particularidade em programas de computador, como ser original no século XXI? Estou tentando descobrir.

Minhas particularidades a parte, ou não tão a parte, já que isso que falarei atinge diretamente minha particularidade... sentimental ...de momento... (falhas de memórias, perda de palavras, estão quebrando o ritmo)... falar com o “povo”, povo em si, massa, é algo excepcionalmente irritante, existem três candidatos a prefeitura, todos reclamam da condição da cidade, dois candidatos com problemas judiciais, o atual prefeito e o anterior, e uma nova cara, apoiada pelo ultimo período descente do município na política; pela lógica o terceiro deveria ser eleito, mas não, o povo é todo confuso, em primeiro ficou o ex-prefeito cassado em seu mandato e não poderá nem assumir o atual, em segundo o atual prefeito que está prestes a ser cassado e em terceiro quem pelo mínimo de inteligência dos eleitores deveria assumir. Outros tantos exemplos neste mesmo ano em outras prefeituras, no próprio governo brasileiro, então não vou me afundar na política do povo que é a vergonha, a vida do brasileiro, que tem preguiça de aprender, de trabalhar, só não tem preguiça de fazer sexo e gerar muitos desse mesmo nível.

Foi só mais um cliente brasileiro que tem preguiça de ler e aprender que me visitou e me fez lembrá-los neste texto. Talvez por isso também influenciar esse sentimento que me perturba.
Escrever por quê? Para ler, escrever, ler para escrever, nada disso é regra. E me irrita os erros de computador, não bastam os erros humanos ainda temos que suportar erros de computador que em sua programação ignora nossa raiva, ainda me fazendo saber que se eu quebrá-lo ele de nada vai sentir. Por mais errado que eu escreva, os computadores perdem, por mais errado que eu fale, o povo perde em interpretação. Quanto menos eu falar, é menos que eu jogo fora. Por isso escrever é falar comigo e passar alguma idéia é se por acaso cai na mão de alguém. Sempre há algum conteúdo extra-lírico.

Então volto ao lirismo sentimental do interior de uma alma. Depois de muito ler e ainda pouco assimilar, já que eu compreendo, interpreto, mas os lapsos me impedem de confirmar, isso ou aquilo. Até algo muito batido depois de algum tempo perde a forma. Por isso a melhor maneira de conversar é jogar palavras soltas no ar e formar um discurso abstrato sobre assuntos ainda em temperatura que não precise ser requentado em um microondas. Ou isso, ou não usar palavras minhas.

E quanto ao meu sentimento? Ainda não falei nada dele. Será que é melhor assim, guardá-lo para mim no caso disso cair em outras mãos?!

Diego Marcell
25/10/08

Roubados e agredidos na Marcha para Jesus de São Paulo


Dias atrás, o Paulo teve um sonho: éramos agredidos na Marcha para Jesus, e para nos defender nos colocávamos de joelhos e começávamos a louvar.
Hoje parte do sonho se tornou realidade.
Tudo começou, como sempre, com o pessoal se encontrando na saída do metrô Tiradentes. Era o Paulo, o Nei, o Alex, o Julio, o Josef, o Thiago Mafra, o Morelo e eu. Levamos seis faixas, cinco dos anos anteriores e uma feita especialmente para essa marcha:

Dividimo-nos em dois grupos: metade ficou no início da marcha, e metade se postou mais adiante, onde aguardaria a chegada dos trios. Por volta de dez horas, como sempre, a metade que ficou se aproximou do primeiro trio-elétrico, onde estavam os astros gospel casal Hernandes, Silas Malafaia, Jabes de Alencar, Samuel Ferreira, Marcelo Crivella, entre outros. E estendemos nossa primeira faixa.
Eu segurava uma faixa ainda enrolada, quando a agarraram e a arrancaram dos meus braços, chegando a me machucar. Era um homem forte, um segurança do evento, que saiu no meio da multidão. Comecei a gritar “fui roubada”, sob o olhar assustado dos fiéis que presenciavam a cena. Outros seguranças se aproximaram e tentaram levar outra faixa, essa já aberta, e eu e os meninos “grudamos” na faixa, enquanto gritava “socorro” repetidas vezes, na ânsia de chamar a atenção de todos e não sermos agredidos. Deu certo, havia uma base policial próxima e os policiais foram ao nosso socorro. Resultado: os policiais apreenderam duas faixas e nos aconselharam a ficar ali, para nossa segurança.
Porém, fui tomada de enorme ira santa, e confesso que fui bastante imprudente (só agora vejo isso). Deixei a base e fui me esgueirando na multidão, a fim de chegar na frente do trio dos astros gospel. Foi bem difícil caminhar contra a multidão, mas enfim cheguei e fiquei cara-a-cara com a pastorada famosa. Sem as faixas, sem ter como comunicar minha mensagem, fiz o que estava ao meu alcance: aquele gesto, com um polegar em pé na outra mão, e os demais dedos fazendo um semi-círculo (para bom entendedor…). Fiquei de costas para a multidão, e de frente com o trio. A bispa Sonia até se fez de piedosa, e fez um coração com as mãos, estilo Wagner Love, para mim. E eu, fazendo incessantemente aquele gesto peculiar. Os demais astros viam minha manifestação, mas fingiam nada ver.
Enquanto fazia o gesto e andava de costas, ou melhor, era empurrada de costas pelo cordão humano de brutamontes do evento, ainda por cima o brutamontes que estava na minha frente resolveu me retaliar à sua maneira. A cada passo, ele levantava propositalmente seu joelho, que parava nada delicadamente na minha coxa. E, ao pisar, seu pezinho de fada despencava em cima do meu. Porém, o gostinho de ver aqueles astros gospel tendo que aturar meu gesto me fez perder totalmente a noção de dor. Uma hora até tentei revidar, levantando também meu joelho e atingindo-o com a mesma ignorância, mas aí ele gritou: “você está querendo se machucar”. Entendi o recado, parei de “joelhar”, mas continuei sendo “joelhada” e “pisada”.
Mas não apenas os astros gospel puderam ver meu singelo gesto. Uma repórter se aproximou e perguntou se eu estava protestando. Disse que sim, e ela disse que queria depois falar comigo. Então me deu um bloco, onde escrevi meu celular. Na mesma hora, um brutamontes surgiu do além e arrancou a folha da repórter. Do jeito que ele fez, e no ângulo em que eu estava, achei que ele a tivesse agredido, então por instinto agarrei o braço dele e gritei para ele soltar ela. Quando ele se virou, achei mesmo que ia levar uns sopapos. Mas Deus me livrou.
Continuei no meu gestual básico, e então outro brutamontes ainda maior chegou gritando: “pára de fazer esse gesto, senão você vai ser presa”. Continuei o gesto e o cara veio para cima, me agarrou pelo braço com pouco afeto, me arrastou para fora da pista e voltou para o seu lugar. “Ué, você não ia me prender?”
Como não estava presa, voltei com muita dificuldade para a frente do trio, e depois para o outro lado da pista, já que não tinha mais o que fazer ali. Por sorte (ou providência divina), estava justamente onde parte do nosso grupo estava, no caso o Josef, e com ele estavam as outras três faixas. Subimos num canteiro e estendemos a faixa de 2 Pedro 2.3:
Aí aquela repórter se aproximou de mim e perguntou sobre o porquê de estarmos ali. Falamos um pouco, e do nada apareceram os brutamontes de novo, e arrancaram a faixa das nossas mãos. Na ânsia e na violência, acabaram atingindo um deles mesmos com a vara da faixa, e segundo palavras do Josef, parecia o Pedrão dando uma espadada na orelha do soldado. Assim, nossas três outras faixas foram roubadas, porém ainda tínhamos os panfletos que o Alex fez. Então passamos a distribui-los na multidão.
Depois disso, voltamos para a base policial. Os policiais, diga-se de passagem, foram muito cuidadosos para conosco. Eles nos levaram e nos trouxeram ao 2º. DP, onde não pode ser feito o B.O. por não haver identificação dos agressores. Pela primeira vez, andei de camburão.
Então, de volta à Marcha, encontramos o Thiago Mafra com sacos de lixo, recolhendo o entulho largado pela multidão. Pegamos um saco e resolvemos ajudar também, e conseguimos lotar um saco em muito pouco tempo, tamanha a quantidade de papéis, garrafas plásticas e sacos de salgadinhos que encontramos pelo caminho.
E então fomos embora.
Sem dúvidas, o tratamento que recebemos foi premeditado, planejado pela organização do evento gospel. Nossas faixas não ficaram abertas nem dez minutos, antes de serem brutalmente arrancadas de nossas mãos. Não tiveram medo de agredir mulheres, nem na frente dos fiéis que marchavam. Só não fizeram coisa pior porque a polícia estava ali, presente.
O que relatei acima foi o que aconteceu comigo, e fatos nos quais eu estava presente. Cada participante teve suas próprias experiências (por exemplo, o Julio conversou cara-a-cara com o Malafaia e o Jabes), e por isso é importante visitar todos os blogs e ler todos os relatos. Em todos, porém, uma característica básica: a intolerância, que gera a violência.
E violência entre pessoas que dizem estar ali para marchar para Jesus!
No final, sobraram as duas faixas, aquelas que foram apreendidas no início pelos policiais. As demais, devem estar queimando em alguma fogueira santa gospel, com nossos nomes nas bocas de sapo ungidas. Porém, se não deixaram que a multidão lesse as faixas, pelo menos alguns tiveram acesso aos nossos panfletos, fora os que puderam assistir às cenas de violência. Nossa oração é para que Deus possa usar tudo isso para que o Espírito Santo abra os olhos de alguns para a busca do Verdadeiro Evangelho, que é puro e simples como Jesus vivia.
E, se tivermos que apanhar no ano que vem, sem problemas. O importante é que nós diminuamos, e que Cristo cresça.



VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES
O $HOW TEM QUE PARAR!

confira no blog da Estrangeira

sexta-feira, 24 de junho de 2011

De DIEGO MARCELL para RAQUEL ALINE



25/12/09

Como ver o mesmo lugar de maneira diferente. Ontem eu via a paisagem como num quadro, e hoje eu tentei vê-la como antes, mas isso é impossível para alguém que já esteve lá, dentro dela.

Andando na rua, às vezes eu percebo a juventude que foi embora. Eu amo a beleza despreocupada da juventude. Mas não trocaria meu hoje pela inocência de antes. Percebo então que há tempo para tudo.

Houve o tempo de desvendar, hoje é tempo de crescer. Mirar o alto, e voar. Só a juventude madura pode voar. A juventude temporal só pode ralar o queixo.

Eu queria ter aquela tua imagem filmada, só para contemplar o tempo bucólico da minha inocência, e então me alegrar na maturidade da tua companhia.

Sempre que penso assim de você, é estranho e profundo, pois não posso negar que você é parte de mim, apesar de ainda senti-la como um corpo estranho, mas que já não pode sair.

Os mistérios por baixo do uniforme escolar e das sobrancelhas que só você possui, são a poesia que me prende. Se os uniformes se foram e agora a moda nos mantém atuais, já não é nada que me prende, simplesmente o sentido maior de tudo, Aquele que nos uniu.

Como te amar? Pergunto-me sempre que paro. Minha expressão pessoal é o sentar a mesa, é a comunhão da presença; por isso não consigo permanecer na presença de quem eu não gosto, pois o simples fato de estar dividindo o mesmo ambiente por concordância é motivo de expressão de amor, de companheirismo, isto está implícito em mim e só agora eu entendi.

Então se nos relacionamos, se somos um, aceite meu silencioso amor, porque ainda não aprendi a me expor tão simples como se entende por aí. Não aprendi a dizer “eu te amo” porque virou clichê no cinema e depois em sites de relacionamento. Eu só aprendi a fazer o amor da vida, vivenciar e dividir o ar com o próximo. Dividir o que há em mim com você. E querer de você o que não há em mim. Eu só aprendi a ser tolo para alguns, mal-humorado para outros, chato para tantos, incompreendido para muitos e ridículo para mim.

Expressar teu nome é tão estranho, parece artificial. Melhor é dirigir a você estas palavras.
Será que devo dizer que te amo? Ou parecerá banal?

Você sabe e é isso. Eu queria te dar um presente material, mas não tenho criatividade suficiente para isso. Hoje vou fazer algo novo. Deixar num fotolog? Será que não é comum? É que já estamos maduros para isso, então porque não novo no velho?

Agradeço eternamente ao nosso Deus maravilhoso, pelas nossas vidas e por ter nos dado esta historia que estamos fazendo juntos.

=@ era este o beijo de língua?
Meu AMOR. (21/11 é a data do seu aniversario, 21/03 o meu, 13/02 o nosso, 26/03 nosso nascimento).

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sonhei


Eu levanto e tenho que rir com a realidade, começou quando esses dias eu estava em floripa, dançando entre alguns caminhões, minha mãe estava me abandonando no show da Age Tendency, para ver se eu conseguia carona no ônibus para Mafra, invadi tudo aquilo, encontrei a Ligi com o Markinhos no meio da galera, mas não dei muita importância para eles, fui na beira do palco (que era nada mais nada menos que carteiras escolares) o show estava praticamente acabado, tinha apenas uma menina cantando qualquer coisa e alguém tocando uma guitarra, fui falar com o Chico porque ele havia ficado de me ligar quando voltasse de Joinville, a banda estava alojada numa escola, fomos até lá, aí eu encontro meu pai, que fez alguma brincadeira ridícula , lembro de ter chingado-o e só. Outro dia foi uma luta pra chegar ao cinema da Vila Argentina com o carro do Dirceu, já que eu acelerava e trocava de marcha e o Dirceu guiava no lado do passageiro.

Outro dia descobri que o Markinhos estava tocando bateria na banda de HC do Lucas, a minha surpresa foi de ele estar tocando BATERIA, aí fomos numa casa abandonada ver um show de punk, onde uma das bandas era do Milton e havia dois vocalistas, eles começaram a se peitar, alguém quis evitar o pior e os dois vocalistas saíram pra fora da casa pra brigar, todos nós ficamos tão pasmos que não falávamos nada e nem nos mexíamos, até que eles voltaram e começaram a cantar musicas de amor, tipo Roberto Carlos.

Aí eu, Guga e Marcos estávamos naquele restaurante perto do Zenfe que parecia mais um bar, até q apareceu o Julio Tora com uma trança de rabo de cavalo (hahahahah),
ele pediu duas cervejas e começou a contar uma historia ridícula que eu não deixava ele terminar porque ficava rindo dele, ninguém sabia se eu ria da historia ou do cabelo dele, todos ficaram muito sérios, o Julio foi embora e quando vi os outros também haviam sumido e me deixado com as cervejas geladas e inteiras, achei estranho...a historia se encaminhou um pouco além mas não achei mais os piás e finalmente na noite passada fui num festival de tortas muito chique, estava morrendo de fome e não comia as tortas porque não tinha dinheiro, até que vi minha vó comendo umas tortas deliciosas e descobri que era de graça, mas ai era tarde de mais, comi apenas uma e não era muito boa.

Eram tão reais esses sonhos que parecem ter um sentido a mais.

Diego Marcell 2006

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cerola


É com c
Cerola
Tenho que aprender
A escrever
Reggae
Sonho hippie
Nada de praia
De sair por aí
Luau e areia?
Tudo e amanhã?
Quando vai ser?
É com c
Cerola
Nem jogamo bola
Nem fugimos pela orla
Catar tatuíra?
É com c
Cerola

GUGAMARCOSALEX

Diego Marcell 2006

Sonho : poema para amigos


Quero beber as situações inóspitas
Como a flecha de um desejo
Que coroe como sonho na alma
Daquele que recorda seus prazeres do sentimento amigo
Numa história imaginária e fictícia
Com sabor de estrada passada com transpiração
Onde caiba essas mesmas sensações na versão transpiração literal
Em álbum de recordação
Que só relata o que foi bom
Como os abraços de saudade
Como as histórias de verdade
Como os beijos que voltam ou perpetuam numa lição
Nesse livro que os leitores são os personagens
Personagens são os escritores
O tempo agradece sua própria conservação
Cada página cantará sua canção
Como num conto de pessoas encantadas
Como lembranças que caem brilhando do céu
Umedecendo nossos olhos
Sempre tão rudes a nós mesmos
Na esperança desse mundo ser tão pequeno
A ponto de qualquer personagem vir secá-los
Ou umedecer-se também
Já que o capitalismo não tem importância
Já que só a fragrância do passado pode nos puxar da onde estivermos
Obrigado pelos amigos do ontem
Obrigado pelos amigos de hoje
Obrigado pelos amigos que virão
Por todos serem para sempre. Amém.

( Diego Marcell, não é para aqueles que acham, é para aqueles que não sabem 2006)

NO PRÓXIMO NATAL


mãos quentes
futebol no rádio
o sangue desce
veias dilatadas ardem
a reportagem que não se ouve
o chiado da televisão agora substituído
pelo deslocamento sonoro

encha o corpo de café
embrulhe o almoço no nervo
que frita a razão depois do racismo
acabe com seus "próximos" distantes parentes
no natal que vem, eu estarei no imaginário material
para queimar o material imaginário.

Diego Marcell (2005)

domingo, 19 de junho de 2011

Vídeo teste


Depois de acompanhar algumas exibições do “Memórias do Meu Mundo”, percebi que ele é mais que um filme (apesar de que para alguns, nem chegue a ser um), ele é um teste de capacidade psicológica; com a reação das pessoas que o assistem, percebe-se claramente a vida que elas levam, a mentalidade e conhecimentos que possuem.

Tive uma boa aceitação entre crianças, que por serem puras e não terem caído nas normas da mídia se divertem com o jogo de imagens que o filme oferece.

Mas até o momento, meu maior prazer, foi o reconhecimento por ex-drogados, pois acharam que o filme retratou bem um estagio avançado de certos tipos de drogas, também acharam o filme educativo.

Já entre a burguesia sem cultura, ele não passou de um freak show sem sentido, pois sequer menciona fatos de seu universo fútil, como consumismo de um cotidiano descartável que se baseia esse tipo, tão constante na sociedade, onde a maior alegria e maior gasto de energia e raciocínio, seja em idas ao shopping, para suprir a falta de conhecimentos gerais e humanos, básicos para uma vida social no mínimo comunicável.

Percebo cada vez mais que o dinheiro de nada interfere na formação de pessoas, analisando gente das classes C e D, com agilidade e superioridade para convívio e envolvimento social e troca intelectual, que muitas vezes não encontro nas classes A e B, que apesar de todo acesso a variedade cultural, acabam sucumbindo ao assédio de um mundo movido a dinheiro, dedicando tanto de suas vidas a objetividade de coisas palpáveis, que já não conseguem apreciar a arte, que é uma coisa exclusivamente subjetiva.



Resposta ao publico que não entende


Como sei que grande parte da população não tem capacidade de apreciar a arte, e se fosse para explicar pra todos estes uma coisa que não se explica; teria que ser dado aulas de vivencia e não de cinema, o que tomaria muito do meu tempo; por isso evito o quanto posso o publico de novela, aquele que a imagem não vale por mil palavras, pois necessita do acompanhamento de uma voz para lhe explicar a cena. Eu só posso dizer a estas pessoas, que se interessem pelo maior numero de assuntos possíveis e que se desprendam de qualquer preconceito que imaginarem recorrer para fazerem criticas sem serem peritas no assunto; só assim quem sabe, um dia, entendam uma obra de arte.

22/07/07

sábado, 18 de junho de 2011

O amor


Eu nem derramaria sobras de tentativas para infectar
Nem amarraria o passado para não vê-la chorar
Só quero me livrar dos pacientes
Que o fim de semana seja nosso
Ou que as outras noites não precisem ser chatas
Não adianta ter você sem você na madrugada
Te quero 24 horas e te falar agora
Sem precisar relembrar no outro dia e ainda esquecer
Das desculpas de qualquer coisa
Dos pedidos de outra coisa
Do dizer em forma de fazer “eu te amo”
Que é muito melhor
E ele tem sentido real
Porque só realmente agente sente
Eu amo de longe, pelo telefone
Mas te amo comigo
De todos os modos e sem modos
Todos os momentos e até nesses momentos
Longe, só , saudade e viagem
Te esperarei na porta de um cinema
De uma igreja
De um país
Te esperarei “up” , nunca mais te deixarei infeliz
Te acompanharei nas guerras , fome , crises, desertos
Porque no fim sempre há explicação para um final feliz
Mesmo que ninguém entenda
Sempre há para tudo.
O amor.

Diego Marcell 2006

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Memórias do Meu Mundo


Sinopse

Raquel acorda assustada de um sonho bizarro, porém no decorrer do seu dia ela vê que o sonho foi apenas uma parte das bizarrices que ainda estavam para acontecer.
Sem reconhecer as pessoas na rua e tendo apenas a lembrança do namorado e seu grupo de amigos, tem fragmentos de memória da noite anterior (ou das noites) conforme as coisas vão acontecendo com ela.
Memórias do Meu Mundo entra numa reflexão psicológica que nos leva a pensar aonde os envolvimentos dos seres humanos com drogas e outros 'mundos', sem conhecimento, podem levar; transformando a mente em um reduto irreconhecível para a própria pessoa. O filme também traz uma linguagem que segue a mente da personagem. Limitada em recursos técnicos, faz uma viagem psicodélica de imagens estimulando raciocínio audiovisual, obrigando o telespectador a uma entrega total ao jogo e a idéia do filme.

Onde?


Em que livraria acho um Neruda, um Wally Salomão ?
Em que bate-papo vão descobrir Nelson Rodrigues ou Lobão ?
Em que cinema verei Glauber Rocha inspirando e iluminando o escuro do nosso porão?

Diego Marcell 11/2006

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Paixão

Meus passos na cidade
Nessa madrugada a saudade
Do que ainda não veio
De um certo sorriso que nunca vai me deixar
Até o samba que um dia eu tentei
Sempre sai no encontro de nossas mãos
Meus pensamentos numa musica
Se perdem antes do refrão
Mas é bom, um pouco misto
De você, de noite, de musica
De filmes que estou interpretando
Para que todos nossos momentos sejam lindos.

( Diego Marcell, em especial para uma pessoa especial . 2006)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Soom past drugs


Um dia eu vou ficar louco
e quebrar o silêncio
com fragmentos de verdade
te fazendo cair no mar
e se afogar no marasmo da ignorância
que foi amarrado como pedra no tornozelo
dês do dia que se despediu da placenta.

2006 Diego Marcell

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Oração de exorcismo


Eu aceitei a provocação do Universo
E agora me remoendo pelo inverso,
Pra quê?
Pra quê tudo aquilo que fiz,
Que criei,
Que estudei?
É só pro meu próprio exorcismo,
Só pro meu próprio exorcismo!

Por que aceitei e vivi na sua ilusão?
Para inventar uma filosofia
Que é a doença do filósofo anônimo?
Os nossos deuses são muito subjetivos para cantá-los.
Para que ter insônia se nem artista, tenho agora o direito de ser.
A insônia não tem mais “por quê”.
Ouvi vozes que ecoam mais fortes agora,
No vazio.

Por que lá nos manda remover montanhas, se não possuímos tal poder na inocência?
E por que nos manda sermos inocentes se só funciona com calejados?
Qual parte devemos anular?
De quê fala realmente este livro? Fala mais que a vida?

Devemos anularmo-nos por inocência na busca de ter fé no impossível para ficarmos calejados e vermos quão errado é abdicar-se por um ideal que não se vê?

Depositar as fichas no que não funciona, deixando o ser para depois, contradizendo-se à realidade em nome de uma doutrina que não sei em que contexto e de que forma surgiu?

Por que tudo tão exato para me levar a novas questões? Até quando ficarei neste ruminar em busca de uma saída que nunca chega, passos que me levam a lugares que me fazem lembrar de onde saí, se saí de lá não foi à toa, mas se andei de vagar por que mandaste (ou pelo menos eu entendi que assim mandastes) e agora me arrependo de ter sido tão lento, mesmo porque não sei se a culpa foi minha de entender assim.

Festas para a posteridade, assim o cinema me ensinou e agora como se faz sem certificados de comunicação? Tudo muito defeituoso, devo ter criado assim?

Diego Marcell 13-06-11

sábado, 11 de junho de 2011

Como está a caverna?


Muito é especulado sobre o que faz alguém sair da caverna, os cristãos pensaram na fé, os estudiosos pensavam no conhecimento, mas nada disso é verdade porque eles continuam lá. Aqueles que saíram, muitos ainda perdidos na liberdade, mas o tempo lhes fará voltar para falar aos outros e logo depois os fará sair para ver o mundo como ele é, sem saber porque os outros ficaram (e tentaram lhe matar). A grande busca nascerá na mente destes, vem o ser.

Talvez possam conjecturar isto de várias coisas, que é obra de Deus talvez, mas podemos tentar ir além. O que faz alguém sair da caverna é o instinto, mas por que alguns têm este instinto, alguns raros apenas? Esta é a grande questão metafísica e talvez, como Heidegger, devemos ir além dela.

Alguns se desencantam com os conceitos e ao invés de se libertarem, resolvem buscar novos entretenimentos dentro da caverna, esta necessidade viciante que a maioria tem de ser alguma coisa, como alguns daqueles que conheci pela vida, onde trocaram o conceito corrompido do cristianismo, para se intitularem agnósticos por terem medo da palavra ateu. Estes na porta da caverna resolvem voltar ao interior dela para tatear o chão do vazio.

Aqueles que estão fora da caverna a pouco tempo, zonzos ainda, perambulam sem entender a recente liberdade, receosos ainda de estarem errados quanto a verdade das projeções na parede.

Quanto ao grupo que volta para dentro, é o que me deixa mais triste e confuso, me dão a impressão de suicídio, um suicídio mais doloroso que o físico, pois não sei se chegarão próximos à saída novamente.

Um homem sensato, porém, haveria de se lembrar que as perturbações que afetam os olhos são de dois tipos e têm duas causas: a passagem da luz para a sombra e aquela da sombra para a luz. Aplicando isso à visão da alma, não haveria de rir tresloucadamente quando visse uma alma perturbada e incapaz de discernir alguma coisa, mas se perguntaria se não estaria conturbada pela falta de adaptação porque proveniente de uma existência mais luminosa ou se, ao contrário, estaria ofuscada por uma luz mais resplendente porque proveniente de uma condição de ignorância maior. Então, no primeiro caso, haveria de se cumprimentar por seu embaraço, tendo em vista sua condição superior, mas se lamentaria no segundo caso. Mas quisesse rir-se desse estado, seu riso seria menos inoportuno para a alma que viesse do alto e da luz.” (Platão. A República. São Paulo: Escala, 2007, p. 247)

Numa noite me deparei com os dois casos e ainda troquei uma idéia com o Glauco.

Diego Marcell 11-06-2011

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A magia do sacerdócio



O mau possui uma via que se aplica em qualquer âmbito, quando alguém percorre contra a natureza através da magia, que é a arte, prática ou ciência de produzir efeitos contrários as leis da natureza, seja por atos, palavras, interferência de espíritos, demônios, efeitos ou fenômenos extraordinários; ou seja, aqueles que pretendem partir contra a naturalidade da vida, da criação, da ordem, são estes adversários do Criador e da humanidade.

Por incrível que pareça, são justamente aqueles que possuem títulos sacros que ferem a Vontade da Divindade Absoluta e do Cosmos. Pastores, xamãs, videntes, médiuns, curandeiros e outros, ao influenciarem a vida humana pelo enclave emancipatória da vontade própria e aferir por esta a justiça da intervenção de poderes extranaturais, os mesmos querem – como o exemplo deixado no texto de Ezequiel – chegar acima do Altíssimo; o ego lhes quer mais belo e a ilusão lhes mostra poder, mas a glória nunca é levada ao merecedor, por Este ter sido anulado por seres menores e possuidores do erro do pensamento individual.

O pensamento Universal deve tanger a realização de toda a criação pela Vontade e soberania do Absoluto que cumpre na natureza a ordem da perfeição, aqueles que pensam diferente deveriam correr atrás da “perfeição” do mundo imaginário, projetado, vislumbrado na morte, já que discordam com o cosmos e tentam no abstrato e no sonho, no extravagante e extraordinário o seu ideal; todos que pensam assim são contrários ao Deus e a vida, pois buscam na magia e na manipulação da vida pelo erro (que é sua capacidade limitada e individual de pensar e portanto, errar), sendo clérigos da morte não só física, mas mental, espiritual, cultural e social.

Diego Marcell 08-06-11

Retalhos digitais



Quando o vazio rondar a minha gaveta, estarei feliz pela colheita! 10/05/06 23:24
Pessoas no fim dos tempos são pessoas com entretenimentos! 25/12/06
A chuva para alguém ultrapassado é uma dádiva, um refugio, uma saída. 01/02/07
Som super suave
parece a brisa lá de fora,
mas também tem o grave
faz mexer faz pensar, a cabeça quer transbordar
de tanto sol em sua taça
o corpo na rede balança
de tempo em tempo algo acontece,
mas na caminhada permanece a dança. 24/11/07 14:35
A estrada que segue até encontrar uma vírgula para parar eu poderia continuar, mas deixarei as reticências... 26/04/09 16:34
Num bar
numa noite
ouvindo sons eletrônicos
robôs amantes. 30/08/09 13:52
Que cor
que luz
que beleza
futuro e nostalgia
correndo nas veias. 30/08/09 14:04
Eu sempre busquei o que era mistério para mim. 02/09/09
A luz da janela
numa tarde/manhã
banha as fotos
que desbotam
de tanta flor de luz. 10/09/09 20:14
Quando o verde e azul fazem vanguarda. 20/09/09 12:31
Um dia vou fazer um grande poema de retalhos digitais. 20/09/09 12:32
No tempo cronos nos perdemos,
mas algo maior que a contagem matemática nos espera. 04/10/09 14:43
Nunca se sabe quando podemos trocar as informações arquitetônicas e urbanísticas que eu adoro em um âmbito estratosférico que é o artístico e filosófico da vida. 12/10/09 15:32
Quase um poema concreto
quase abstrato
talvez seja só um retrato
do sentimento de alguém. 21/10/09 15:50
E o amor se esfria como a brasa que dorme no sereno
e tudo se torna banal
e é levado pelo vento. 06/02/10 15:26
Eu sempre acreditei em tudo, não em tudo que me falavam, mas em todas as possibilidades. 23/08/10
O gênio não usa de sabedoria.
Se ele choca, é porque usa de verdade.
Às vezes a sabedoria omite a verdade,
o que a deixa com aspecto subjetivo,
deixando de ser valorosa como sábia.06-10-10
Ando meio sem tempo. Quase um sobre-tempo. 20/10/10
Antes eu era um protótipo, agora sou um mané, tomara que amanhã eu seja alguém. 09-06-11

Diego Marcell

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Hipocrisia


Eu quebro taças
Evito ameaças,
Mas faço lascas
De grandes besteiras.
Cancelo o espetáculo
Se ele fugiu de mim
Que se dane o mundo
Se ele fizer assim.
Não me importa sorrir
Para quem quer agradar
Eu só quero viver
Na verdade que falar.
Não te aceitam
Irresistível homem.
Só porque negaste
O que ao mundo consome.

Diego Marcell 06-03-11

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Inversão da religião


O problema do mundo que não conhece a Deus na sua relação de Religião, é que estas pessoas fazem de qualquer objeto motivo de culto.

A Religião como ligação da humanidade com o Divino se dá do exemplo máximo que o próprio Criador se coloca como humanidade para ensinar a esta como se portar, isto acontece na pessoa de Jesus.

Aquilo que é conceituado de religião hoje, que não é, por exemplo, o cristianismo que se apresenta na forma de catolicismo, adventistas, batistas, assembleianos, etc; ou ensinos baseados em revelações ou análises particulares a exemplo de outras linhas como espiritismo, budismo, islamismo e o que por aí se segue quase incontável; porque todas partem do homem, através de, e para ele, por motivos íntimos, desta forma não se pode considerar pelo termo original e puro de religião, sendo que a mesma parte do Deus para a humanidade e jamais de baixou para cima.

Diego Marcell 20-02-11

terça-feira, 7 de junho de 2011

FAEST Turma de Teologia 2010

D. E. no original


Vazio no tempo, preciso do dicionário, minha linguagem em coma, berra por um salário, por um restolho da sua miséria, da lixeira das capitais, de pratos porcalhados de podres de ricos.

Moda se motiva, a ganhar e pedir mais conteúdo no meu lance, no seu absurdo, na caixa que guarda minha hora de acordar deste sono induzido pelas cores brilhantes do sinal do satélite que nos observa a cada arroto, a cada volta ao passado.

Querido diário, é hora de parar!

Diego Marcell 20-02-11

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A religião-ões


A religião quer matar a cultura do homem, ela quer acabar com a sociedade, ela quer tornar o ser humano menos humano, ela quer afastá-lo da divindade.

As religiões são cópias umas das outras, são ladras das fórmulas que dão certo de outras religiões, elas são máquinas de re-programação.

Elas são vício que quer dominar homens e mulheres em todas as suas concepções que nascem livres, a religião do mundo quer anular a liberdade.

Cada uma com seu sinal de tevê, cada uma com seus profetas, cada uma com seus fanáticos assassinos de almas puras.

Diego Marcell 20-02-11

domingo, 5 de junho de 2011

Jesus, o sol e o reggae

Amizade seletiva


Hoje não sei se posso seguir o exemplo de Oswaldo Montenegro e fazer uma lista de grandes amigos, nem nas suas sub-divisões. Se pela idade avançada para suportar certas irresponsabilidades, ou muito jovem para ser nostálgico a este ponto.

Hoje descobri o sentido de uma frase batida de um amigo, ele diz que “cada vez as amizades vão ficando mais seletas”, mas esta seleção não é partidária como eu pensava, mas natural pela afinidade de um envolvimento que vai além do amor por certos amigos de outra “vibe”.

Hoje vejo nascer a amizade em raros seres, em alguns jamais vistos pessoalmente, mas que o espírito testifica uma amizade superior, apesar de ainda nem poder conceituar como tal. Outras onde algumas divergências são anuladas pela cumplicidade da vida que nos cerca, cultura e filosofia.

Em outros tempos éramos muitos, nos suportávamos apenas, éramos jovens, recém saídos da escola; hoje somos amigos postiços, amigos de amor e carinho, porém sem a cumplicidade de uma amizade que seja digna de amizade, de jantares, de palavras, de opiniões; nossas amizades que se arrastam pela obrigação das almas que continuam a dialogar apesar da distância. A esta rara amizade, quando poetas encontram poetas e por isso se amam e querem cada vez mais a profundeza dos mares por serem espécies raras de seres humanos; estranhos e indigestos, são seus gestos que se cruzam pela amizade digna de assim ser chamada e já não aquele sentimento de distante, carinhoso e insuportável habitar de quem pertence a outra espécie de humano, que se junta em bandos para suprirem a falta de conteúdo dos seus discursos repetitivos.

Um amigo nasce do cotidiano e se materializa na noite que se repete de forma diferente por várias vezes.

Revelar seu lado negro e ainda assim ser aceito é compartilhar de mesmas expectativas pela vida, fazendo da amizade um sentimento de união eterna para o hoje.

Diego Marcell 20-02-2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Crítica


O Brasil é um país problemático, não sabe dar opinião e nem fazer crítica, por não aceitar opinião e não entender crítica.

Geralmente se manifesta sem fundamento no que diz, sendo desrespeitoso e raivoso, chegando a clímax de irracionalidade. Deve ser consequencia da péssima educação e da falta de estrutura familiar, que afeta diretamente no psicológico da população que em massa se apresenta grotesca em comentários, que agora se explicitam mais claramente graças a internet.

É banal ao brasileiro falar sem conhecimento profundo sobre o que se mete a falar. Como dizia um professor meu, se perguntam a um brasileiro sobre Nova York e Paris, mesmo que este nunca tenha colocado os pés em nenhuma das duas cidades, ele sabe dizer com convicção qual seja a melhor para se viver.

Este é o seu melhor, um país que valoriza a ignorância e ignora os poucos brasileiros que tem valor.

Diego Marcell 03-06-11

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails