Geralmente um louco, anti-social, que fala sozinho por não ter amigos suficientes para ouvir suas estranhezas vindas das entranhas do ostracismo; este não pode com uma família comum.
A melancolia é sua alegria, como um surfista gótico que renuncia uma valsa por ser hipocrisia dançá-la.
Por ser um pensador, um questionador do cosmos, não suporta os clichês intelectuais e prefere assistir aqueles seriados para rir que para pensar, mesmo porque consegue arrancar do lixo da banalidade, mais conteúdo filosófico do que de professores cheios de academicismos.
Talvez por isso prefira flertar com o erro, que consentir com aqueles que passaram pela vida sem relevância, mesmo que ache errado o que faz e culpar-se por isso que é a única coisa que não consegue esforçar-se para realizar, porque não sabe ser outro personagem, a realidade é crua demais para negá-la em outra versão. Sentir pena é sua forma de compaixão que se materializa em soluções filosóficas para a vida e só talvez por medo da fome e do abandono total não seja ele mesmo por completo em sua exótica personalidade de repelir o que não faz sentido para a sua reflexão.
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