Como é bom se afundar no vazio, mas só por alguns instantes! Eu cansei das pessoas, cansei do mundo, de todo mundo, menos de você; queria que você se jogasse aqui, me beijando, como de fato fez; porque o resto ta igual, sempre igual, não pretende mutar, mudar, daqui a um ano, ou a um ano atrás estão sempre iguais, não querem crescer, aprender, morrem com o mesmo papo, o mesmo farrapo de trapo e o bafo sempre igual, por isso que eu cansei de tudo, de todos, menos de você e dos filmes antigos, os da França, até da esperança já cansei, até de tentar dormir, repetir o café, o mesmo passo de balé, o mesmo horário de almoço, só não canso do seu pescoço, que me causa alvoroço, só não me canso do seu pescoço que me causa torcicolo.
Que o medo que me causa a cópia dos nossos personagens não se torne independente daquelas mentes sem personalidade que só podem em vida nos imitar (tentar); que elas achem outro sentido para o seu “panis et circensis” , ou então outros personagens com mais emoção que os nossos simples amantes eternos felizes e simples, simplesmente nós, em nosso mundinho sem eles, sem incomodo, o incomodo só vem de fora, num semi-circulo, ângulo sem visão, sem noção que contamina a platéia que tenta ver um show secreto, pois somos tão discretos, ou não? Mas e daí, ninguém foi convidado pra nossa festa pobre feita para nos empobrecer, somente a nós; e essas copias fajutas que descansem em paz nos seus próprios sofás.
Diego Marcell 20/08/06
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