sexta-feira, 8 de julho de 2011

Catarse


Às vezes a oração, o dialogo com alguém especial e alguns momentos da vida são uma catarse para nos colocar em ordem, ou nos tirar a ordem, nos por do avesso; como uma dor na alma, como sonhos mortos e desejos reprimidos, fugir é tentar se libertar das vozes da razão que lhe cutucam deixando o corpo pintado de hematomas.

Como Deus resolve direcionar suas causas não nos compete saber, mas escolhemos a direção que nos faz menos racionais para termos desculpas para dar quando nos afogam em latões de água.

A vida social parece não querer ambigüidades e só percebemos quando queremos ser o hibrido numa situação onde tudo é definido com exatidão. Exatidão que sufoca o poeta que se vê entrelaçado de sentimentos e tem que calar porque seus hematomas doem.

Sem fôlego para correr e sem adrenalina para nos alimentar, assim morremos do mesmo jeito que tentaram matar Deus. Porém, não somos tão fortes como o antigo alvo da sociedade, se Deus se reinventa, deve Ele nos ressuscitar após cada tijolo arremessado nas mulheres do oriente médio, Ele deve nos sustentar após cada seca e fome dos meninos da África, Ele deve nos levar num plano perfeito, numa hora marcada pelos relógios da natureza e nos fazer colher sonhos de um jardim tão ameaçado e desmatado que é este que aí está. Lá compreenderemos será, algum dia, a reinterpretar o que nos deram?

Diego Marcell 07-07-2011

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