sábado, 8 de janeiro de 2011
O fim dos Mistérios
Enquanto há mistério
Há busca,
Meu medo é que tudo
Que tenha para se revelar
Esteja chegando ao fim.
Preciso do seu fogo
De um amor especial
Meu azeite parece sem gosto
Meu marasmo está ali
Um pouco a frente do frenesi.
Se assim for
Se não for miragem o que vejo,
O que farei amanhã
Se não amo a pobreza?
Se quem eu amo
Ainda não aprendi a ajudar.
Se quem eu amo precisa
Daquilo que não encontro
Em mim.
Como te chamarei
Deus de Mistério?
Deus de trevas
Mesmo revelado
Obscuro.
Será que te vejo onde deveria?
Será que te projeto onde não estás?
Como posso me comunicar
Além-dom?
Pois só conheço meu único dom
E nem tenho certeza
Da sua existência.
Se ainda aquém
Ou muito além
Tira-me da Matrix
E me enche de novos mistérios
Se eles fizerem algum sentido à vida.
Do contrário
Já não sei mais o que pedir
No mistério da minha ignorância.
Diego Marcell 04-01-11
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