terça-feira, 14 de setembro de 2010

o deus domesticado



“Quem crê na soberania de Deus, crê, forçosamente na contemporaneidade dos dons espirituais. (…)
Eu vejo uns calvinistas por aí: – a soberania de Deus… Eu pergunto: ‘Você crê na contemporaneidade dos dons espirituais?’
- Ah, não! Passou! Deus não age mais assim.
- Interessante! Quem disse?
- Há estudos de teólogos importantes…
Isso se chama de ‘domesticação de Javé’. Javé domesticado pelos teólogos. Os fariseus fizeram assim, os ortodoxos fazem assim, os liberais também; todo mundo domestica Deus um pouquinho; colocam a Deus numa coleira e quase o chamam de totó! Isso é muito sério! Apelidam Deus de todo tipo, limitam-no, restringem-no; somente ao seu assovio espiritual, ele obedece. É um deus domesticado. E isso é igual a Baal, é igual a Júpiter e a qualquer outra divindade que o homem manipula. O Deus das Escrituras é soberano e é livre. É livre! E uma das implicações dessa liberdade de Deus é que ele continua sendo um Deus que intervém; um Deus que age.”

Fonte Rev. Baggio

Um comentário:

  1. Por outro lado, vejo que em certas igrejas já existe na liturgia um momento determinado em que se espera que comece a se manifestar o "dom de línguas", e que chegam a ensinar que tal manifestação é uma evidência da salvação do crente. Isso sim é que é tentar manipular "deus", determinando inclusive a forma como ele tem que agir e induzindo a sua manifestação nos crentes através de músicas e pregações emocionalistas. Coincidentemente, depois desse momento na liturgia em que todos entram em estado de êxtase, são recolhidas as ofertas... Frequentei as igrejas luteranas, calvinistas, e mesmo a católica, por muitos anos e nunca presenciei alguém caindo no chão, tendo revelações ou orando em línguas durante o culto. Será que em todas essas igrejas só haviam crentes falsos, ou que Deus, em sua soberania, precisaria de um conjunto de louvor tocando música gospel e um pastor fazendo apelos emocionais para, somente então, começar a manifestar os dons nos crentes? Deus é realmente soberano e pode enviar esses dons a QUEM quiser, QUANDO quiser, e principalmente SE quiser, mas não devemos confundir esses dons com o êxtase e a histeria coletiva produzidos em cultos neo-pentecostais que nada têm de sobrenaturais ou sagrados.

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