Quase embarquei na falsa diplomacia formulada para sua biografia, item banalizado pelo mundo gospel, por seus espertalhões “apóstolos”, fundadores de reinos, detentores de visões, fetichistas da institucionalização do espiritual, com seus itens, regras, doutrinas com artigos mirabolantes e criativos. Arrebatadores de povos, findadores de opiniões; quase embarquei neste fetiche carnal, de sacralização do material. Vestes, liturgias, adereços, climas e cores de igreijolas futuristas, escatológicas, proféticas, mas tão carnais quanto a associação de clubes.
Quase embarquei nesta viajem ilusória do sentimento humano da auto-promoção, da fabricação de diplomas, da criação de estórias, da condecoração de fundo de quintal. Apóstolos da eu, profetas da carne, missionários do ego, até onde vão acreditando nas próprias mentiras? Para onde isso tudo os levará?
Nos discursos são ecumênicos, todos são irmãos, mas na prática são construtores de paredes, paredes grossas feitas de pedras medievais. Separatistas do sentimento, realizadores da desunião.
Tenho que agradecer a Deus por me livrar deste meio, não sejam como eu, sejam como vocês, mas sejam como a vontade de Deus para vocês. Sem essa de visão, pois dessa forma a única visão dominante é a de que cada um possui um Deus diferente do outro. Cada Deus uma visão, cada Deus uma igreja, cada Deus um apóstolo, cada Deus um reino. E se assim é, os deuses de vocês não se parecem com o meu, pois o meu é de unidade, é imaterial e de aceitação. Isso não é produzido por regra de eclesiologia humana, mas por pratica de vida e amor.
07-10-10
foto Ruas de Lisboa
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