quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Os assassinos da moda


06-09-10

Em 1994, no alto dos meus 9 anos, no que na minha memória decretou o termino oficial de algo que só a pouco tempo ressurgiu. Os bikinis e as jaquetas da seleção brasileira, flúor, minha paixão colorida teve fim assistindo o telejornal que noticiava a tendência bege da próxima estação, o que farei agora, onde comprarei minhas sungas verde limão e Pink?
O problema das novas gerações é que elas nunca buscam saber as origens das coisas, pensam serem a geração escolhida quando tudo não passa de mais uma volta ao passado, mal sabem que nossa herança de cores e neon tem base na cultura pop oitentista, que vem da psicodelia astronáutica da barbarelice sessentista. Mas não vou me ater a detalhes históricos, já que isso dá sono aos jovens twiteiros, e vou passar ao ponto chave da minha indignação.
Em 2007, se não me engano, a Colcci e outras marcas já estavam lançando lindas coleções futuristas/fosforescentes/espaciais, acompanhei os desfiles que ansiei como que preso à maquina do tempo sem poder descer, só admirava à distancia, do interior de Santa Catarina. Mais ou menos neste período, Raquel, minha namorada, encontrou baratíssimo umas calças coloridas em Curitiba, passou a ser a única pessoa na minha cidade a possuir aquelas cores nas pernas.
Um pouco antes dos assassinos surgirem, exterminando o belo, eu acompanhava alguns sites e bandas alternativas que usavam roupas bem coloridas, e eu estava querendo providenciar algum moletom daquele tipo.
Um dia assistindo o Combo fala+joga na Play TV, me deparei com uma banda que musicalmente ia contra aquela onda eletro rock que tinha tudo a ver com a moda que estou relatando, mas eram a nova onda em termos pré-adolescentes de trilha sonora, algo que historicamente nunca foi boa coisa, mas que com o passar do tempo parece que vai definhando em qualidade.
Cine e Restart, os nomes dos meliantes, pobres musicalmente enveredaram para o crime de assassinato da moda através da auto-imagem expressada nas suas faltas de qualidade e conteúdo para escrever letras, partiram para as apelativas “canções” mela ovo, hipnotizando a deficiente espécie pré-adolescente, que por sua vez espalhou o vírus da popularização das coisas, que entrando em contato com as mídias atuais geram o envelhecimento precoce e o surgimento de bolhas genéricas (paraguaias) da sub-moda, uma categoria que é sinônimo de morte evidente de algo que começou bom; agora difamado, tratado de forma genérica pelos ignorantes que consideram tudo Emo, ou tudo alguma coisa, quando na verdade os cientistas do ramo sabem que tudo não é nada sem um conjunto de coisas, onde os sociólogos sabem a causa do desencadeamento e os filósofos já não sabem mais prever o que cairá na preferência numa nova rede social que irá ser implantada nas ruas virtuais da nova sociedade.
Porem, segundo os conspiracionistas, esta sub-moda foi patrocinada pelo governo Lula em acordo fechado com três sistemas falidos da atualidade: o Paraguai, a novela Malhação e o cantor/ator/e pai Fábio Jr.

Diego Marcell

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