Somos arrogantes ao extremo quando somos ninguém, quando somos um vira-lata que avança por medo, quando somos mendigos da nossa alma. Mas Sócrates me ensinou o poder moral da filosofia, infelizmente o que a sociedade mostra é que ela não está aberta ou capacitada a entender esta chama.
Eu era crítico, fundamentalista, detentor de verdades subjetivas que universalizavam em meu discurso hipócrita contra os contrários. E assim é você meu amigo, e assim somos iguais, Ateus, Católicos, Protestantes, Budistas, Judeus, Muçulmanos, somos todos iguais, idólatras, somos todos iguais, criadores de falsas ideologias, de falsos deuses, de falsas falsidades, e inimigos da verdade do respeito. Somos incapazes de ver o que o chamado “ateu”, meu grande filósofo Nietzsche falava a verdade, mas nós não o entendemos.
Eu não os conhecia, mas os criticava, talvez por culpa de um auto-intitulado sofista, porém a carga religiosa que me impedia de pensar, rejeitou em meu ser tudo o que era contrario ao que eu tinha como certo. O fato de um dia pela mística, eu poder negar-me, abriram acessos a humildade, e a humildade nos ajuda contra o preconceito, e o preconceito nada mais é que superstição. Essa superstição é causada pelo medo, medo de algo divinamente humano que é a humildade.
Nem tocarei nas entranhas filosóficas de Deus, como amante da teologia, não trago isto como pauta, apesar dEle estar evidente no cosmos de qualquer affair, seja de criticidade ou não, seja da existência ou da não existência. Mas eu falo do instrumento da reflexão, da inevitável predominância das maiores mentes que a civilização já possuiu, partindo de Tales de Mileto com a sua genial origem filosófica da essência de tudo até Einstein e os 360º que todos eles deram, tornando à origem de que o homem é pó, mas não é apenas isto.
A fé não anula nenhuma preposição universal e científica, nem é este seu trabalho, pois todos têm fé em algo, do contrário seríamos humanos/vegetativos; porém a capacidade de proferir argumentos devem ser incentivadas por total conhecimento daquilo que se refere, ou melhor ainda, deve-se pertencer a esfera que se critica, como que se criticasse o próprio umbigo. Pois já dizia alguém, se um homem, um Deus, um mito, ou um revolucionário, como queira cada um, mas Jesus dizia: “Porque reparas no cisco que está no olho do teu irmão, quando não percebes a trave que está no teu?” este, ou Sócrates, ou Nietzsche, ou Anaximandro, ou Lutero, ou outros tantos podiam rebelar-se, não contra o que não criam, mas contra suas origens; não contra o que desconhecem, mas contra aquilo que dominam a ponto de refutar; um por ser judeu, outro por ser grego, outro por ser protestante, outro por ser pré-socrático e discordar de outras idéias seminais, outro por ser católico, e não por serem fundamentalistas, mas por serem honestos, sinceros e apologistas da verdade e não de um ideal meramente raso que culpa a opinião alheia, mas convictos de algo seu e não revoltados do algo de alguém que não é o meu.
Afinal, o fato de eu não crer em algo não influencia na existência ou não deste algo. Aquela minha velha visão de mundo simplista era minha ilusão sapiencial, hoje minha ignorância revelada me faz entende-los e calar-me diante do diferente, em nome do que o conceito, o estudo e a fé me fazem crer.
Diego Marcell
Nenhum comentário:
Postar um comentário