A cidade foi projetada, seu concreto e sua noite abrigam os planos agradáveis de um governo popular até entre os críticos. Para isto há empregos e uma orgia que ninguém menospreza, porque constroem igrejas para aqueles que não ousam converter quem ri pelas ruas; seja o bêbado da sarjeta ou o rico do petróleo. Os professores só dão aula particular, para não interferir na preferência familiar. E enquanto uns matam animais para ir agasalhado a jantares glamurosos; cientistas se encarregam de clonar espécies para os ambientalistas de plantão. Tudo para que ninguém se fira e a paz reine. Quanto a concorrência, a prefeitura se encarrega de aposentar os insatisfeitos com salários exorbitantes em profissões que não constam no guia de profissões.
As multimilionárias empresas sustentam e patrocinam a fama, apesar dos rios estarem verdes, borbulhantes e gosmentos, com um cheiro indegustável; para aqueles que curtem algo “natural”, a prefeitura construiu o rio Artificial, para banho, pesca, e crimes que querem deixar pistas.
Os seres humanos são obrigados a lavarem as mãos na torneira de álcool, para evitar as contaminações dos vírus e pragas atuais, mas no mais tudo ocorre perfeitamente, com exceção de alguns acréscimos de badulaques pós-modernos para nos adaptarmos ao clima cancerígeno, e as aberrações provenientes do rio, ou seria de rituais místicos?
Os espiritualistas de nível superior se afundam na Nova Era, os de ensino médio na ufologia e os semi-analfabetos nos romances da Zibia Gaspareto ou nos clássicos do Paulo Coelho. Mas essa é a classe sem importância. Os importantes estão no governo, fazendo rituais a meia noite, abafando CPI’s ao meio dia e criando leis ao bel-prazer pra favorecer seus planos futuros pelas 15horas.
E assim segue a cidade projetada, perfeita, em seu concreto armado, em suas sombras assustadoras de ruelas refugadas pelo projeto das favelas. É claro que tem que haver favela na cidade “perfeita”, na cidade projetada, pois os favelados não trocam sua ilusão de poder por nada, ser popstar na comunidade exige menos que seguir o estilo Rede Globo, apesar de alguns se venderem ao “sistema”, ou pode ser um entregador de pizza, ou um artista; a profissão não importa, importa é estar feliz a quatro paredes, nem que seja roubando o irmão, ou passando a rasteira na velhinha, ou enganando o ceguinho; a final, quase todos tem sua gangue para alimentar. O importante é que no final todos estejam felizes, e os que não estão, o governo da cidade projetada tem seus enviados para abafar o caso. É uma questão de herança militar, queima de arquivo está no sangue desses homens. Não se preocupe, que a noticia do Jornal Nacional sempre será favorável a cidade projetada, e se por acaso alguma noticia for um pouco preocupante, logo após vem a anestesia que todo cidadão patriota toma, a Novela Sagrada, então, mais uma noite tranqüila de sono vem, e aos poucos as luzes da cidade projetada vão se apagando, e o silencio vai tomando o lugar dos motores das maquinas e dos computados que vão sendo desligados. E o mendigo feliz fala: boa noite cidade projetada.
As multimilionárias empresas sustentam e patrocinam a fama, apesar dos rios estarem verdes, borbulhantes e gosmentos, com um cheiro indegustável; para aqueles que curtem algo “natural”, a prefeitura construiu o rio Artificial, para banho, pesca, e crimes que querem deixar pistas.
Os seres humanos são obrigados a lavarem as mãos na torneira de álcool, para evitar as contaminações dos vírus e pragas atuais, mas no mais tudo ocorre perfeitamente, com exceção de alguns acréscimos de badulaques pós-modernos para nos adaptarmos ao clima cancerígeno, e as aberrações provenientes do rio, ou seria de rituais místicos?
Os espiritualistas de nível superior se afundam na Nova Era, os de ensino médio na ufologia e os semi-analfabetos nos romances da Zibia Gaspareto ou nos clássicos do Paulo Coelho. Mas essa é a classe sem importância. Os importantes estão no governo, fazendo rituais a meia noite, abafando CPI’s ao meio dia e criando leis ao bel-prazer pra favorecer seus planos futuros pelas 15horas.
E assim segue a cidade projetada, perfeita, em seu concreto armado, em suas sombras assustadoras de ruelas refugadas pelo projeto das favelas. É claro que tem que haver favela na cidade “perfeita”, na cidade projetada, pois os favelados não trocam sua ilusão de poder por nada, ser popstar na comunidade exige menos que seguir o estilo Rede Globo, apesar de alguns se venderem ao “sistema”, ou pode ser um entregador de pizza, ou um artista; a profissão não importa, importa é estar feliz a quatro paredes, nem que seja roubando o irmão, ou passando a rasteira na velhinha, ou enganando o ceguinho; a final, quase todos tem sua gangue para alimentar. O importante é que no final todos estejam felizes, e os que não estão, o governo da cidade projetada tem seus enviados para abafar o caso. É uma questão de herança militar, queima de arquivo está no sangue desses homens. Não se preocupe, que a noticia do Jornal Nacional sempre será favorável a cidade projetada, e se por acaso alguma noticia for um pouco preocupante, logo após vem a anestesia que todo cidadão patriota toma, a Novela Sagrada, então, mais uma noite tranqüila de sono vem, e aos poucos as luzes da cidade projetada vão se apagando, e o silencio vai tomando o lugar dos motores das maquinas e dos computados que vão sendo desligados. E o mendigo feliz fala: boa noite cidade projetada.
Diego Marcell
23/09/09
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