quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

TRATADO APOSTÓLICO EMERGENTE



Muito tem sido falado neste início de século XXI sobre a necessidade da reinvenção das formas pelas quais a Igreja de Cristo se apresenta. Para tal, surgiram diversas expressões, como desconstrução, nova reforma e ministério relacional. No entanto, considero ser fundamental esboçar algo sobre a necessidade latente de que cada igreja estabelecida assuma o compromisso apostólico de favorecer e incentivar o surgimento de novas igrejas e novos ministérios. Mas para que isto seja realidade, alguns paradigmas precisam ser destruídos.

O primeiro paradigma que precisa ser aniquilado é de que a única maneira de servir a Deus é de acordo com as metodologias e formas existentes dentro de determinado ministério. Generalizações que enquadram aqueles que não se encaixam em modelos funcionais como “os que não são”, são sempre danosas e contrárias à definição de Reino. Um reino não pode subsistir se estiver dividido. Portanto, aqueles que não reconhecem virtudes na diversidade de compreensão do que vem a ser ministério, necessariamente são os que provocam divisões.

A visão equivocada dos que se consideram “novo vinho”, de que é possível ser igreja desconectados do contexto histórico, também surge como um grande problema. Tais “ministérios” são movidos por sentimentos que os levam a serem exatamente iguais aos que criticam. E isto se torna visível à medida que as formas litúrgicas se repetem na negação do modelo (como se houvesse um “mundo bizarro”, onde o novo torna-se exatamente o contrário do velho), ou ainda na dificuldade prática dos “novos” em estabelecerem alianças com quem não lhe traz benefícios (chamo isto de super valorização do “cool”).

A verdade não precisa de reforma. Apenas as motivações e práticas decorrentes é que precisam. Pois o mundo está farto de tentativas de mudanças de rótulo que não implicam em mudança de conteúdo.

“E ninguém deita vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo romperá os odres, e perder-se-á o vinho e também os odres; mas deita-se vinho novo em odres novos.” (Marcos 2:22)

Fonte Solomon1

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