É difícil nomear um único livro na formação de meu pensamento até aqui. No entanto, se tivesse que destacar um só, muito provavelmente seria Resistência e Submissão (Widerstand und Ergebung) de Dietrich Bonhoeffer. O li pela primeira vez no carnaval de 1991. Para usar a expressão do filme Matrix (bem usada hoje em dia), foi então que eu tomei a pílula vermelha… e iniciei a jornada para descobrir quão profundo é a toca do coelho. Relendo aquela velha edição de 1980 e os trechos marcados já gastos pelo tempo, me deparei com as seguintes palavras que grifei do poema escrito pelo tradutor do livro para o português, Ernesto F. Bernhoeft:
Deus só vive para homem,
mas êste perdeu
a independência e a dignidade
para poder entendê-Lo.
O mundo sempre precisou da Igreja,
esta, porém, preocupou-se mais consigo mesma
do que com as necessidades do mundo,
ao qual deve servir.
O incrédulo sente um desejo ardente
de ser crente também,
mas o fanatismo, o orgulho e a falta de alegria
observadas nos crentes
impeliram-no para outros rumos,
aos quais se habituou muito bem.
Contudo é esta
a época do homem,
a oportunidade da Igreja,
o momento do “crente”.
fonte Rev Baggio
Parece que ele escreveu hoje mesmo.
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