segunda-feira, 13 de junho de 2011
Oração de exorcismo
Eu aceitei a provocação do Universo
E agora me remoendo pelo inverso,
Pra quê?
Pra quê tudo aquilo que fiz,
Que criei,
Que estudei?
É só pro meu próprio exorcismo,
Só pro meu próprio exorcismo!
Por que aceitei e vivi na sua ilusão?
Para inventar uma filosofia
Que é a doença do filósofo anônimo?
Os nossos deuses são muito subjetivos para cantá-los.
Para que ter insônia se nem artista, tenho agora o direito de ser.
A insônia não tem mais “por quê”.
Ouvi vozes que ecoam mais fortes agora,
No vazio.
Por que lá nos manda remover montanhas, se não possuímos tal poder na inocência?
E por que nos manda sermos inocentes se só funciona com calejados?
Qual parte devemos anular?
De quê fala realmente este livro? Fala mais que a vida?
Devemos anularmo-nos por inocência na busca de ter fé no impossível para ficarmos calejados e vermos quão errado é abdicar-se por um ideal que não se vê?
Depositar as fichas no que não funciona, deixando o ser para depois, contradizendo-se à realidade em nome de uma doutrina que não sei em que contexto e de que forma surgiu?
Por que tudo tão exato para me levar a novas questões? Até quando ficarei neste ruminar em busca de uma saída que nunca chega, passos que me levam a lugares que me fazem lembrar de onde saí, se saí de lá não foi à toa, mas se andei de vagar por que mandaste (ou pelo menos eu entendi que assim mandastes) e agora me arrependo de ter sido tão lento, mesmo porque não sei se a culpa foi minha de entender assim.
Festas para a posteridade, assim o cinema me ensinou e agora como se faz sem certificados de comunicação? Tudo muito defeituoso, devo ter criado assim?
Diego Marcell 13-06-11
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