quinta-feira, 28 de abril de 2011

Escolhidos


Bramido remido da atmosfera
Fora de lugar e forma
Me afasta do homem
Daquilo que o consome.
Prefiro as palavras
O que não é palpável
O que é inesgotável
A fluência em convivência.
Enquanto olho para as coisas do alto
Enquanto busco completar no espírito
Enquanto choro e oro
Pelos perdidos
Alguns insistem em julgar
Enquanto meu peito prensado quer explodir em primavera
Alguns insistem em negativar.
Quando quero compreender o homem
E ele só quer a treva da sua solidão.
Mesmo que eu o chame
Mesmo que Deus o chame
Será que ele aceitará ser escolhido?
Assim eu sofro, eu lacrimejo cada gota de água,
De sal, de sangue
Sinto na alma a dor eterna do perdido
E nas pequenas coisas eu reconheço
Eu agradeço
Eternamente e em tudo
Te engrandeço Senhor
Por ter me escolhido.

Diego Marcell 21-01-09

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