terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Cantar de Mio Sid

Por André Ferreira

O mais antigo poema épico, “O Cantar de Mio Sid“ chegou ate nós sendo lembrado de geração em geração por meio dos jograis ou menestréis que os interpretavam de acordo com a situação. Assim foram sendo modificados ao longo do tempo e o que temos hoje, é uma canção de gesta datada de 1207, transcrita no século XIV pelo copista Pedro Abád. O manuscrito está preservado junto a milhares de livros na biblioteca Nacional da Espanha onde foi recuperado porém, a primeira e mais duas páginas internas foram irremediavelmente perdidas.

O poema narra as façanhas do Cavaleiro Castelhano Rodrigo Díaz de Vivar, chamado de Campeador, El Cid ou Mio Cid, um personagem histórico espanhol nascido em 1043, que participou honrosamente na lutas contra os mouros invasores na Península Ibérica. Com o posto de governador de Valência, Rodrigo possuía tanto poder que não precisava de permissões do rei para governar.

A obra é dividida em 3 partes:

1a. parte – Cantar do desterro: acusado de roubo, Cid é desterrado de Castilha, abandona mulher e filhas para lutar contra os infiéis.

2a. parte – Cantar das bodas: uma vez reconquistada Valência, Cid é perdoado pelo rei e recupera seu senhorio. O rei pede que entregue a mão de suas filhas aos infantes de Carrion; embora desconfiado ele permite o casamento.

3a. parte – Afrenta de Corpes: as filhas são ultrajadas e abandonadas pelo maridos, ele vai a juízo contra eles e consegue que o rei tire do convívio real estes inimigos.

Na vida real, Cid morreu na cama de seu castelo em Valência, com a satisfação do dever cumprido e seu sangue circulando nas veias da monarquia castelhana. Foi sepultado ao lado de sua esposa, Jimena, nas terras da Catedral de Burgos. Sua obra ainda é admirada por muitos e é possível encontrá-la em sebos do munto todo.

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